A fundação everis, instituição que apoia e promove o empreendedorismo por meio de atividades em diferentes esferas da sociedade, acaba de lançar o Radar Empreenda Saúde, um mapeamento de startups e empresas da área da saúde, que participaram de uma ou mais edições do Prêmio Empreenda Saúde, trazendo um panorama desse ecossistema. Acesse a íntegra: onteudo.premioempreendasaude.com.br/radar-empreenda-saude-2020.
A iniciativa é apoiada pela Neurônio Ativação de Negócios e Causas ; pelo InovaHC , bem como seus dois núcleos de inovação associados – o InovaInCor e CITIC; pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio ; pela Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) , por intermédio de seu Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia (ComSaúde); pela TekCapital , empresa de investimentos em tecnologia IP, e pela A gência Linka .
“Nós lançamos o Prêmio Empreenda Saúde para o Brasil em 2015, porque, já naquela época, enxergávamos na saúde um campo a ser cultivado, em que pouco ou nada existia, e no qual muito poderia ser feito por meio da transformação digital”, afirma Antonio Carlos Valente, presidente da fundação everis. A decisão era mais que justificada porque o País tem mais de 200 milhões de habitantes, território continental, recursos naturais em abundância e uma população jovem e conectada que está bem familiarizada com os avanços da tecnologia, mas que ainda precisava evoluir muito em termos de processos e procedimentos em todos os setores.
Segundo Valente, desde a primeira edição, o Empreenda Saúde foi um sucesso, com crescimento anual do número e da qualidade dos projetos inscritos (mais de 1.000 na somatória), mostrando que a instituição realmente contribui para o empreendedorismo e inovação junto ao setor de saúde nacional. “Desde o primeiro momento, nossa intenção era atuar como catalisadores, abrindo possibilidades frente às potencialidades das startups para encontrar boas soluções”, acrescenta o presidente da fundação everis.
Mesmo com este círculo virtuoso se repetindo ao longo dos anos, 2020 foi um grande desafio, devido a pandemia do Covid-19, o que exigiu maior empenho de todos os envolvidos e dos parceiros para tornar o Empreenda Saúde viável, com a coleta e análise criteriosa de 466 projetos inscritos. “Mas o importante é que deu tudo tão certo, que decidimos ampliar os frutos gerados pela premiação com o lançamento de uma publicação – Radar Empreenda Saúde -, cuja finalidade é dar uma visão geral das iniciativas de inovação em saúde, existentes em todas as regiões do país”, reforça Valente.
O Radar Empreenda Saúde reúne 110 empresas responsáveis por projetos que se destacaram nas seis edições do prêmio e tem grande potencial de ajudar o setor a evoluir, com maior produtividade, melhores processos e, muitas vezes, redução de custos, ao mesmo tempo em que atendem com maior excelência às expectativas dos pacientes e profissionais de saúde. Sua metodologia consistiu na análise das respostas a 18 questões, cujas respostas foram obtidas por meio de questionários on-line e entrevistas por e-mail e telefone com representantes das 110 empresas já constituídas formalmente, sendo que 24% delas têm participação internacional.
A maioria das empresas mapeadas (68%) estão localizadas no Sudeste e 66% delas têm entre 1 e 3 anos de vida. Entre as demais, 22% tem entre 3 e 5 anos, 9% de 5 a 10 anos e 3% acima de 10 anos. Quanto à distribuição geográfica, 14% estão na região Nordeste, 13% na Sul, 3% na Centro Oeste e 2% na Norte. Outro aspecto a destacar é que o empreendedorismo masculino ainda é maior, pois os sócios majoritários homens representam 63%, as mulheres são 19%, e as iniciativas conjuntas 13%. Entre elas, 85% têm de 1 a 10 colaboradores, 7,5% de 11 a 20 e 7,5% de 21 a 50. “A maioria das empresas selecionadas são jovens, com poucos anos de vida e poucos funcionários, mas com grandes possibilidades de conquistar espaço no mercado de saúde”, destaca Valente.
O Radar também identificou os gaps do mercado atendidos e a maioria delas 36% oferece soluções para suporte clínico, 24% para gestão populacional, 20% para melhoria da qualidade de vida, 9% para gerenciamento de medicamentos e insumos, 8% para diagnóstico laboratorial, 3% para educação à distância e 21% outros. O público-alvo de 61% são os pacientes, 53% hospitais, 51% médicos, 50% setor público, 46% clínicas especializadas, 43% operadoras de saúde e 24% outros. As tecnologias trabalhadas são mobile por 46%, inteligência artificial por 33%, machine learning por 23%, IoT por 22%, gamificação por 15%, realidade aumentada e virtual por 11%, robótica por 6%, além de 40% trabalharem com outras tecnologias.
Ao considerar o grau de maturação, 44% das empresas estão na fase de tração, 22% escala, 19% na ideação e 15% em outras, sendo que do total 47% estão em processo de aceleração ou incubação. “Entre os empreendedores que mapeamos, 41% têm patentes ou propriedade intelectual de suas soluções, 30% têm certificações pelos órgãos responsáveis, 40% estão com processos em andamento e 30% ainda não iniciaram”, detalha Valente.
De acordo com o presidente da fundação everis, apesar de terem amplas possibilidades de ampliar a presença no mercado, 46% ainda não receberam investimentos externos, 25% contam com o apoio de investidores anjo, 5% de fundos de venture capital, 3% de corporate venture e 33% de outros tipos de financiadores. “O Radar nos permitirá dar um apoio extra para esses empreendedores e startups, que já tiveram sua primeira oportunidade de se apresentar ao mercado no Empreenda Saúde, mas que agora poderão ter seu potencial reconhecido pelo restante do mercado”, conclui Valente.