O ecossistema canábico no Brasil ainda precisa de mais agilidade no seu desenvolvimento: conhecimento da comunidade médica, acesso, e melhores práticas são alguns dos fatores que exigem mais funcionalidade para que este setor se desenvolva. Mesmo com a liberação da Anvisa em 2019 para venda nas farmácias de produtos à base de Cannabis, apenas um a cada 300 médicos brasileiros prescrevem a terapia canabinoide. Este percentual pequeno se explica pelo desconhecimento da eficácia da Cannabis e da melhor forma de manejo terapêutico.
Para desmistificar o uso da Cannabis na prática clínica, manejo terapêutico, pesquisa, regulamentação e prescrição, a Intercan – Academia Internacional de Cannabis, centro de educação em saúde sobre uso terapêutico da Cannabis com sede em São Paulo, realiza nos dias 28 e 29 de novembro, o “VIII Curso de Sistema Endocanabinoide e suas Aplicações Clínicas”. A iniciativa vai oportunizar uma imersão completa na jornada do cuidado com cannabis medicinal. Em dois dias, a comunidade da saúde terá conteúdos exclusivos e speakers com experiência internacional.
“O propósito deste curso é aglutinar minha história com a Cannabis para fins medicinais em diversos países, com o conhecimento e expertise da Intercan, para que possamos colaborar com a prática no Brasil, envolvendo diretamente o profissional da saúde, que é player fundamental para os pacientes”, explica a fundadora da Intercan e speaker do curso, a médica Carolina Nocetti.
Nocetti afirma que os profissionais da saúde são fundamentais para que o acesso a Cannabis seja efetivo. “Já percorri os principais países onde o uso medicinal da Cannabis não é mais um paradigma, como no Brasil. Médicos e toda esta cadeia de profissionais são os principais agentes para que o paciente possa ter este benefício. O curso tem esta missão”, ressalta.
A programação do curso inclui história do uso terapêutico da Cannabis, o potencial terapêutico no autismo, ansiedade, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, Dor Crônica e casos clínicos.