Covid-19: taxa de ocupação de leitos de UTI preocupa

A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) alerta que a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atendimento aos pacientes graves da Covid-19 está crescendo. Em muitos estados brasileiros, a taxa de ocupação nas Santas Casas e hospitais filantrópicos de alguns municípios está acima de 80%:

– São Paulo: Taxa de ocupação de leitos de UTI para a Covid-19 no estado é de 89%, sendo 52% em hospitais filantrópicos. As Santas Casas de Ourinhos e Araraquara já atingiram 100% de ocupação. Capital, São Bernardo do Campo, Campinas e Sorocaba estão com ocupação de mais de 80%. Em algumas regiões do interior, o índice está entre 60% e 70%.

– Rio de Janeiro: taxa de ocupação de leitos de UTI está em 73% e em 60% nas enfermarias. Em 09/12, havia 480 pacientes suspeitos ou confirmados com Covid-19 aguardando na fila para transferência, sendo 253 para UTI.

– Minas Gerais: 65,1% de ocupação. No Complexo Hospitalar São Francisco, entidade filantrópica, 80% dos leitos Covid estão ocupados.

– Espírito Santo: 85,9% de ocupação nos leitos de UTI e 76,8% nos leitos de enfermaria.

– Paraná: instituições filantrópicas relatam dificuldades em abrir novos leitos por falta de profissionais, estando no “limite dos limites”.

– Santa Catarina: ocupação acima de 80%.

– Rio Grande do Sul: 84,6% de taxa de ocupação em leitos de UTI Adulto; 78,8% em leitos SUS e 100,1% em leitos privados.

– Mato Grosso: Estão com 100% de ocupação os hospitais: Hospital Regional de Sorriso e Santa Casa de Rondonópolis; com 80% o Hospital Regional Irmã Elza Giovanella; com 75% o Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro; com 70% o Hospital Municipal Coração de Jesus; e com 60% o Hospital Municipal de Juína Dr. Hideo Sakuno.

– Mato Grosso do Sul: 91% de ocupação nos leitos SUS de UTI Adulto para Covid e 60% em leitos clínicos.

– Pernambuco: de acordo com dados atualizados na quarta-feira (9), a taxa média de ocupação de leitos de UTI para a Covid-19 era de 77%. Havia pacientes em 86% das UTIs e em 68% das enfermarias.

– Pará e Amapá: Estados que estão em amarelo, na sinalização de casos, no entanto, a perspectiva de internações para janeiro é de extrema preocupação. Nas capitais, no momento, a situação é de estabilidade, mas já há aumento significativo e preocupante de casos no interior.

– Piauí: No Hospital São Marcos, índice atingiu 100%. Em outras instituições, há registros de 80% de ocupação de apartamentos para tratamento da Covid-19.

Habilitação de leitos para ampliação

A CMB ressalta que as instituições filantrópicas estão à disposição do Ministério da Saúde para a ampliação de leitos para o tratamento da Covid-19 e, para isso, aguardam a habilitação de novos leitos de UTI que possam receber os pacientes.

Repasse de recursos

Com o importante suporte que as Santas Casas e hospitais filantrópicos vêm dando ao atendimento de casos da Covid-19 e diante das dificuldades financeiras enfrentadas em razão do subfinanciamento dos serviços prestados, o presidente da CMB, Mirocles Véras, reforça a importância de que seja garantido às instituições o repasse da integralidade dos recursos do SUS, independentemente das metas de atendimento, que acabaram prejudicadas por conta da pandemia. “Está claro que todas as nossas estruturas hospitalares estão focadas na atenção ao paciente Covid, mas precisamos de recursos para que possamos continuar somando esforços nesse combate”, falou Véras.

Ocupação de leitos de UTI cresce em SP e Fehosp ressalta preocupação

Levantamento da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) aponta que a taxa de ocupação de leitos de UTI para a Covid-19 no território paulista é de 89%, sendo 52% em instituições filantrópicas.

As Santas Casas de Ourinhos e Araraquara já atingiram 100% de ocupação, assim com a de Presidente Venceslau, que estuda a estrutura física para aumentar mais seis leitos de enfermaria.

Em Catanduva, no Hospital Emílio Carlos (Fundação Padre Albino), 86,6% dos leitos de UTI estão ocupados e há 45,4% de ocupação em enfermaria.

Capital, São Bernardo do Campo, Campinas e Sorocaba estão com ocupação de mais de 80%. Em algumas regiões do interior, o índice está entre 60% e 70%.

“É de extrema preocupação a velocidade dos casos e de ocupação dos leitos. Nossas instituições filantrópicas estão à disposição do Ministério da Saúde para a ampliação do atendimento e, para isso, aguardamos a habilitação de novos leitos de UTI para que possamos receber os pacientes”, fala o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti.

Redação

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