O Dia Mundial do Câncer é lembrado em 4 de fevereiro, e marca o enfrentamento à doença que, entre 2020-2022, deverá somar mais de 690 mil novos casos no Brasil segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O Transplante de Medula Óssea (TMO), indicado para o tratamento de leucemias, linfomas, doenças genéticas e imunodeficiências, é o terceiro tipo de transplante mais realizado no país, e o Brasil possui o terceiro maior banco público de doadores voluntários de medula óssea.
Para dar apoio ao SUS na realização desses transplantes, o Hospital Moinhos de Vento (HMV) executa, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) o projeto Mais TMO, que tem por objetivo qualificar o programa de transplante de medula óssea do SUS por meio de atividades de gestão, educação e pesquisa, em acordo com a Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT).
O projeto foi responsável por atividades relativas ao desenvolvimento de cursos de capacitação, realização de TMO, registros clínicos, protocolos assistenciais e estudos econômicos. Com o intuito de viabilizar o desenvolvimento de atividades de gestão, educação e pesquisa, foi firmado um acordo de cooperação com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), instituição referência em TMO.
Ao todo, foram atendidos 28 pacientes nas estruturas do Hospital Moinhos de Vento, por equipe multiprofissional e destes, 26 pacientes foram transplantados. Todos aguardavam em lista de espera para realização do TMO. O projeto inclui avaliação ambulatorial pré-transplante, internação para realização do procedimento e o acompanhamento no pós-TMO imediato (100 dias após o procedimento).
Além dessa frente, o projeto conta com capacitações a profissionais do SUS. Já foram qualificados mais de 870 profissionais, por meio de cursos presenciais com aulas teóricas e observacionais, cursos EAD e Simpósio Internacional. Os cursos foram ofertados a equipe multiprofissional, abordando temas como o manejo do paciente no pré-transplante, período de internação e pós-transplante, assim como complicações como Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro (DECH) e infecções pós-transplante. Também foi ofertado um curso EAD sobre Estruturação de Unidades de Transplante de Medula Óssea, focado em gestores do SUS.
Os materiais desenvolvidos pelo projeto, como manual para manejo do paciente submetido a TCTH, protocolos assistenciais, conteúdo das capacitações, estudos econômicos e de pesquisa foram entregues ao Ministério da Saúde com o intuito de qualificar o programa de TMO do SUS.
De acordo com Fabiano Barrionuevo, líder do projeto pelo Hospital Moinhos de Vento: “Os resultados apresentados são promissores e auxiliam o Ministério da Saúde na implementação de práticas acerca do Transplante de Medula Óssea, que é de suma importância na vida de milhões de brasileiros que aguardam na fila de espera. A reaplicação dessa iniciativa é fundamental ao auxílio do Sistema Único de Saúde na assistência e tratamento de doenças como a leucemia.”