Com o intuito de potencializar sua atuação junto à sociedade, a ABORL-CCF lançou, em 2016, o Dr. Otorrino, uma animação criada para tornar as explicações de temas acerca da Otorrinolaringologia mais atraentes ao público leigo. Desde então, o Dr. Otorrino foi usado em vídeos e outras ações da Associação, sempre apostando na forma didática de apresentação do conteúdo, e com o início da nova gestão da ABORL-CCF, o personagem surge repaginado, com um novo nome e acompanhado de uma representante das mulheres da especialidade. Agora, o Dr. Luquinho, inspirado no Dr. Luc Louis Maurice Weckx, e a Dra. Wilminha, inspirada na Dra. Wilma Terezinha Anselmo Lima, serão os representantes que farão o diálogo com todos os que buscam informações no site da entidade.
De acordo com o Dr. Eduardo Baptistella, presidente da ABORL-CCF, uma associação de grande porte e abrangência nacional tem como papel não só a representação da classe dos otorrinolaringologistas, mas também uma atuação social. “Neste projeto em particular, o nosso objetivo é alertar e informar a população brasileira em relação às doenças da área, além de orientá-la quanto a vários temas da especialidade, principalmente em um momento como o que estamos vivendo, em função da pandemia da Covid-19, em que as pessoas estão cada vez mais em busca de informação”, declara.
O Dr. Luquinho e a Dra. Wilminha terão como foco esclarecer dúvidas sobretudo o que tenha interesse para a população leiga a respeito de temas relacionados à especialidade – como por exemplo, doenças como amigdalites, implantes, tipos de exames e medidas preventivas.
Criação dos personagens resgatou a trajetória de dois especialistas
Para conceber o Dr. Otorrino (agora, Dr. Luquinho), a ABORL-CCF teve como referência o Dr. Luc Weckx, falecido em 2012. O especialista, sempre lembrado com muita reverência não só pelos colegas da ORL, mas também por profissionais de outras especialidades graças à sua atuação na diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB), foi professor titular e livre-docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidiu a ABORL-CCF (de 1999 a 2002), além de ter sido o fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de ORL Pediátrica (ABOPe). Para o Dr. Eduardo Baptistella, trata-se de uma homenagem à trajetória correta, competente e didática do Dr. Weckx. “Seja como professor ou como presidente da ABORL-CCF, o Dr. Luc inspirou a todos nós. Por isso, quando pensamos em personificar um otorrino, nada melhor do que ter como modelo um ex-presidente de respeito e admiração como o Dr. Luc”, afirma.
Para fazer par com o Dr. Luquinho, ninguém melhor do que a Dra. Wilma Anselmo para representar as mulheres da especialidade. Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (1982), com mestrado em Otorrinolaringologia pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Otorrinolaringologia pela Universidade de São Paulo (1993), a Dra. Wilma é Professora Titular do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, fazendo parte da instituição desde 1986. “Trata-se de uma unanimidade em nossa área, com uma sólida carreira como docente e que contribuiu diretamente para a formação de centenas de especialistas. Wilma não só é querida por seus alunos, mas também respeitada por colegas do mundo acadêmico e da especialidade”, enfatiza o Dr. Baptistella. Com vasta experiência na área e especialista em Rinologia, a Dra, Wilma foi a primeira (e única) mulher a presidir a ABORL-CCF, entidade para a qual ingressou a convite do Dr. Luc.
“Receber a notícia da criação da Wilminha foi um momento muito especial, uma explosão de sentimentos. Meu coração bateu forte, eu nem dormi naquela noite. Afinal, trata-se do reconhecimento de toda uma vida dedicada à defesa da nossa especialidade, ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e também à ABORL-CCF. E ser homenageada junto ao Dr. Luc, que foi como um mentor para mim e, sem dúvidas, o melhor otorrinolaringologista que conheci, é algo que eu jamais imaginaria”, conclui a Dra. Wilma Anselmo.