Médicos exploram novas tendências da laparoscopia urológica em coletânea de ensaios

Desde a utilização inicial da laparoscopia para diagnóstico por Nicola Cortesi, em 1976, até as modernas cirurgias robóticas, a urologia se destaca como um campo fértil para o florescimento de inovações tecnológicas e terapêuticas. Como forma de revisar o que há de mais moderno nas tendências desta área cirúrgica, os urologistas Oscar Eduardo Fugita e Marcos Tobias Machado organizaram a coletânea de ensaios ‘Diretrizes de laparoscopia urológica‘, lançamento da Editora Unesp. De especialistas para especialistas, a obra conta com textos de renomados profissionais brasileiros.

A Urologia, dentre todas as especialidades cirúrgicas, talvez seja aquela que mais está presente quando se discute incorporação de novas tecnologias e desenvolvimento de novos equipamentos e instrumentos cirúrgicos”, anotam os organizadores da obra. “Desde os cistoscópios com iluminação à base de velas para exames da bexiga, passando pelos endoscópios rígidos e flexíveis para tratamento de cálculos renais e ureterais, pela litotripsia extracorpórea, pelas diferentes formas de tratamento minimamente invasivas da hiperplasia benigna de próstata, pela laparoscopia diagnóstica (testículos não palpáveis) e terapêutica (nefrectomia) até́ o impulso à cirurgia robótica com a prostatectomia radical, urologistas como Cortesi, Ralph Clayman, Louis Kavoussi, Arthur Smith, Joseph Segura, Chaussi, Marberger, Patel e tantos outros revolucionaram a história não só da especialidade, mas da cirurgia como um todo.”

O livro está dividido em sete partes. A primeira delas, que trata de cirurgia das glândulas suprarrenais, analisa a adrenalectomia total e parcial aplicada à região. Os oito capítulos que compõem a segunda seção tratam de cirurgia renal em toda a sua complexidade. Já a terceira concentra-se sobre as cirurgias de pelve renal e ureter. A quarta parte aborda as linfadenectomias – pélvica, retroperitoneal e inguinal –, enquanto o foco da quinta parte são as cirurgias da bexiga. A sexta seção do livro se debruça sobre as prostatectomias simples e radical, inclusive na modalidade assistida por robô, enquanto a sétima e última parte abre-se para temas mais variados, incluindo uropediatria, correção de hérnias, prevenção e tratamento de complicações cirúrgicas.

“Apesar de estarmos confiantes na qualidade do trabalho de revisão e das recomendações apresentadas, reconhecemos que a medicina é e sempre será “a ciência das verdades transitórias” e que conclusões diversas das aqui apresentadas podem surgir no futuro”, anotam Fugita e Machado. “Mas esperamos que este livro seja um ponto de partida para discussão desses e de novos temas.”

Organizadores

Oscar Eduardo Fugita é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e possui doutorado em Urologia pela mesma universidade (2001). Foi Fellow pela Endourological Society na Johns Hopkins University (2000-2001). Atualmente, é professor da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, onde ocupa o cargo de diretor do Programa de Fellowship em Endourologia e Videolaparoscopia, com serviço credenciado pela Endourological Society. Também é professor colaborador na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e atua como assistente na Divisão de Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP).

Marcos Tobias Machado é formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residência em Cirurgia. Obteve o doutorado pela Universidade de São Paulo e tem estágios de especialização em uro-oncologia e cirurgia minimamente invasiva pelas universidades de Miami e Paris. Pioneiro no Brasil nas áreas de cirurgia laparoscópica e robótica, tem centenas de contribuições científicas, como artigos e capítulos de livros publicados. Atua como urologista, desenvolvendo a cirurgia laparoscópica no Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, na FMABC e na UNITAU. É professor dos cursos de pós-graduação em urologia minimamente invasiva do IRCAD, Hospital Sirio-Libanês e Hospital Albert Einstein.

Redação

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