Um estudo recente da Fiocruz avaliou as ‘Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19’. Os dados revelam que 95% dos profissionais tiveram alterações significativas em seu modo de vida. A pandemia afetou a rotina profissional e pessoal, de modo que o excesso de trabalho e o afastamento dos familiares levaram a sérias consequências físicas, emocionais e psíquicas desses profissionais.
O estudo indica ainda que mais de 40% dos profissionais da saúde não se sentem protegidos no trabalho de enfrentamento da Covid-19, especialmente devido à falta de EPIs, ausência de estrutura adequada e também fluxo de internação ineficiente.
As alterações mais comuns observadas nesses profissionais são perturbação do sono, irritabilidade e choros frequentes, estresse, dificuldade de concentração, perda de satisfação, perda de apetite e até mesmo pensamentos suicidas.
Com a chegada das vacinas, uma nova perspectiva surgiu e esses profissionais foram os primeiros a serem contemplados com a vacinação. No entanto, muitos deles não apresentaram resposta imune. Nesses casos, o presidente do Depto. de Pediatria Legal da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Dr. Claudio Barsanti, alerta que é preciso que esse profissional se vacine novamente com outra opção de imunizante. “É preciso garantir que esses profissionais que estão na linha de frente realmente estejam imunizados. Se já se vacinaram, mas depois de realizarem os devidos exames observaram que não houve resposta imune, esses profissionais devem receber uma nova vacina de outra marca”, alerta.