A B. Braun, multinacional especialista em soluções médico-hospitalares, levou o seu avançado sistema de câmeras 3D Einstein Vision 3.0 para uma série de procedimentos cirúrgicos laparoscópicos em hospitais referência na região Sul do Brasil, ao longo do mês de outubro. Foi a primeira vez que a tecnologia foi utilizada na região.
Fábio Flores, gerente regional Sul da B. Braun, explica que o EinsteinVision 3.0 é um sistema de câmeras 3D que proporciona mais precisão e tempo de operação reduzido. Durante o procedimento, os cirurgiões utilizam óculos especiais para a visualização das imagens em 3D. Um dos principais diferenciais é possibilitar uma sensação de profundidade ao cirurgião, o que se perde quando ocorre a migração da cirurgia aberta para a laparoscópica, garantindo movimentos mais precisos e maior segurança no intraoperatório.
“Ficamos satisfeitos em trazer essa tecnologia para o Sul do país pela primeira vez, trabalhando com equipes de hospitais que são referências. A B. Braun busca sempre avanços tecnológicos que proporcionem benefícios para os profissionais de saúde e aos pacientes”, afirma Fábio.
Entre os procedimentos realizados nos hospitais estão, colectomias, bypass gástricos, proctocolectomia e intervenções urológicas. O Einstein Vision 3.0, com a tecnologia Aesculap e fabricado pela B. Braun, foi utilizado na região graças a uma parceria com a representante local Discomed.
Hospital de Clínicas de Passo Fundo (RS) usou tecnologia em série de procedimentos
No Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo (RS), entre os dias 18 e 22 de outubro, foram realizados sete procedimentos em áreas como coloproctologia, sistema digestivo e urologia. Para o coloproctologista Dr. Miguel Schmitz, que foi um dos primeiros profissionais no HC a utilizar a novidade, este é um avanço importante na área cirúrgica.
“Realizamos duas cirurgias videolaparoscópicas com tecnologia 3D. A videolaparoscopia faz parte do nosso dia a dia, no entanto, a adição da tecnologia 3D proporciona uma melhor visualização das estruturas, assim como movimentos mais precisos e assertivos. O paciente se beneficia por um menor trauma e tempo cirúrgico, consequentemente uma recuperação mais rápida”, disse Schmitz.
Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo (RS) realizou sete procedimentos, incluindo uma proctocolectomia
No Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, foi feita a primeira cirurgia-teste de proctocolectomia do Estado com imagem em 3D para remoção de todo o intestino grosso de uma paciente e reconstrução de bolsa ileal conhecida, popularmente, como reservatório interno. Os proctologistas Dr. Fabiano Gambetta Schirmbeck e Dr. Milton Bergamo com o apoio do médico residente Arthur Saraiva Manfré, realizaram a cirurgia no HSVP. Bergamo explica que o equipamento moderno permite enxergar o corpo do paciente em terceira dimensão e com mais profundidade. “O procedimento é menos invasivo, ágil e garante um pós-operatório mais rápido”.
A proctocolectomia com o uso da torre também entusiasmou a equipe de enfermagem. O enfermeiro Adelson Miotto, coordenador do bloco cirúrgico da Unidade Uruguai do HSVP, disse que todos ficaram satisfeitos em participar desse momento ímpar. “Com o uso dessa tecnologia inovadora alcançamos o nosso objetivo de promover a eficiência e o conforto dos nossos pacientes”, disse.
Além da proctocolectomia, também foram realizados na unidade procedimentos de gastroplastias, esofagectomia e hérnia inguinal.
Hospital Marieta, em Itajaí (SC), também recebeu equipamento para testes
A tecnologia da B. Braun foi utilizada também para um procedimento cirúrgico-teste inédito no Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí (SC). A cirurgia videolaparoscópica com visão 3D foi realizada no dia 8 de outubro em um paciente de 72 anos com câncer de intestino do ambulatório da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). O procedimento foi realizado pelo SUS como teste e possibilitado pela distribuidora Discomed, que fez a doação dos consumíveis de alto custo.
O médico proctologista Rafael Félix Schlindwein, do Hospital Marieta, explica como a tecnologia permite enxergar o corpo do paciente em terceira dimensão. “É como se estivéssemos com o paciente aberto, embora estejamos utilizando uma microcâmera que é inserida na pessoa. Esta é uma cirurgia menos invasiva, mais rápida de ser feita e com chances mais rápidas de recuperação”, destaca.
“A possiblidade de fazer esse procedimento-teste, como avaliação a um paciente oncológico do SUS, nos deixou muito felizes. Vamos torcer para que o resultado seja satisfatório e que a gente possa buscar auxílio para trazer a tecnologia em definitivo para o Marieta”, complementa o cirurgião.