No dia 9 de setembro comemora-se o Dia do Administrador, profissional responsável por gerenciar uma organização e que pode atuar em diversas áreas. E uma delas, que ganhou mais atenção ainda com a pandemia de Covid-19, é, sem dúvida, a gestão de saúde.
Afinal, além dos desafios do tratamento do paciente, acompanhamos o quanto pode ser relevante a rápida tomada de decisão, a gestão dos suprimentos, a liderança e a comunicação, aspectos inerentes à administração.
Descobriu-se que, além dos desafios do cuidado e da segurança do paciente, protagonizado por profissionais da saúde, existe um mundo de desafios que transcende aquele percebido de forma geral como um universo restrito à medicina e à enfermagem. E muito desse papel, que supera o cuidado dos profissionais, recai sobre o administrador em saúde.
Para João Paulo Bittencourt, coordenador de MBA e Programas de Gestão do Hospital Israelita Albert Einstein, nada melhor do que essa data para discutir o papel relevante da administração para o contexto atual da saúde no país. “A pandemia deixou diversos legados para os administradores de saúde. O setor evidenciou a disposição das organizações em mobilizar recursos e pessoas em prol de um bem comum. Além disso, explicitou a necessidade de profissionalização da gestão para responder rapidamente aos desafios de flexibilizar a capacidade das organizações de saúde, mobilizando as pessoas e garantindo recursos”, diz.
De acordo com o coordenador da área de ensino do Einstein, o papel do administrador se mostrou relevante na contribuição para a agilidade dos processos, a redução de custos e a implementação de recursos potencializadores, como a telemedicina e a inteligência artificial, contribuindo para a expansão do acesso à saúde e a melhoria contínua.
Desafios dos administradores de saúde
Atualmente, excelentes gestores são demandados por todos os setores, e na saúde não é diferente. Os administradores de saúde trabalham nos bastidores para garantir que os serviços de saúde funcionem sem barreiras e que as organizações cresçam. Eles trabalham para planejar, supervisionar, dirigir e coordenar os serviços nas organizações de saúde.
“O administrador pode apoiar diretamente os profissionais de saúde a cuidarem de vidas, além de promover o bem-estar em um setor repleto de oportunidades. Para isso, o gestor deve se articular com diferentes profissionais da saúde, contribuindo com suas competências técnicas. Entre elas, destacam-se a visão sistêmica, a gestão eficiente e eficaz de recursos, o pensamento analítico e a tomada de decisão. E as competências comportamentais nunca foram tão valorizadas como hoje. A liderança, a comunicação, a gestão do relacionamento e a empatia são indispensáveis ao gestor de saúde”, afirma Bittencourt.
O conjunto dessas técnicas contribui muito para o cuidado em saúde de alto valor, fundamento preconizado por Michael Porter, importante acadêmico da administração atual e responsável pela disseminação do conceito de valor em saúde. Para ele, a excelência na gestão da cadeia de suprimentos, a gestão de indicadores e métricas e o olhar estratégico sobre o setor podem ajudar a ampliar o acesso à saúde de qualidade e transformar a vida de muitas pessoas.
Programas de especialização em gestão
O Einstein tem diversos programas de especialização em gestão, reconhecidos pelas práticas inovadoras e métodos focados no resultado, aliados à tradição e excelência do Hospital Israelita Albert Einstein. Além dos cursos de pós-graduação voltados para gestão, a área de ensino do Einstein também oferece cursos de curta duração e técnicos, como o técnico em administração na saúde, ensino médio integrado ao técnico, entre outros. Mais informações sobre os programas do Einstein, acesse o site: ensino.einstein.br.
Outras fontes consultadas:
Dannielle Godoi, professora do Curso de Graduação em Medicina do Einstein
Eliézer Silva, diretor de Medicina Diagnóstica e Ambulatorial do Einstein