Criado para auxiliar as aulas práticas dos alunos do curso de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), o Ambulatório de atendimento médico ‘Rosinha Viegas’ faz bem mais do que isso há cerca de 23 anos, sendo o único estabelecimento médico do litoral de São Paulo que oferece à população a especialidade de genética.
Atendendo a munícipes de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande, Itanhaém, Peruíbe, Mongaguá, Pedro de Toledo, São Sebastião, Ilhabela, Bertioga e Itariri, mais de 880 pacientes já foram atendidos no local nessa especialidade, com a doutora Mirlene Cernach.
“As funções do médico geneticista são o diagnóstico e o aconselhamento genético. Quanto ao diagnóstico, o geneticista é o profissional que melhor conhece as ferramentas para definir a causa do problema do seu paciente”, explica a médica.
Entre as doenças que são diagnosticadas por geneticistas, estão: síndrome de Down, anemia falciforme, distrofia muscular de Duchenne, síndrome de Patau e fibrose cística, por exemplo.
A importância de passar em um médico especialista é para que o paciente consiga o diagnóstico correto, tratamento adequado e, assim, aumente sua qualidade de vida.
“O estabelecimento do diagnóstico também é importante para os familiares, já que eles procuram uma explicação para os problemas de seu parente”, comenta a geneticista.
Todos pacientes que são atendidos pelo Ambulatório ‘Rosinha Viegas’, chegam com encaminhamento das unidades básicas de saúde (UBS). Segundo Tânia Ballio, responsável administrativa da unidade, o desejo era atender mais pacientes, já que a lista de espera não diminui.
“Se não existisse o ambulatório, os pacientes da região iriam precisar se locomover no mínimo até São Paulo e lá a lista de espera dura cerca de dois anos. Além disso, muitos não teriam condições de viajar e esperar um transporte é muito dificil”, explica Tânia.
O que dificulta bastante a vida de quem precisa de um médico geneticista é o número reduzido desses profissionais, não só na Baixada Santista, como no Brasil.
“O número desses especialistas é muito pequeno, aproximadamente 350 profissionais com título de especialista distribuídos no território nacional. As vagas de residência médica ainda são reduzidas”, explica a doutora Milene.
O ambulatório possui a especialidade por conta da disciplina genética, que faz parte da grade do curso de medicina da Unimes. Com isso, os alunos, a área médica e a região saem ganhando.
Enquanto a especialidade não aumenta, a Doutora Mirlene e toda a equipe do Ambulatório de atendimento médico ‘Rosinha Viegas’, continuam se esforçando para fazer a diferença na vida de quem precisa.