Artigo – 10 tendências de privacidade e segurança cibernética para hospitais e clínicas médicas

A tecnologia tem transformado a forma como os hospitais e clínicas médicas operam, melhorando a eficiência dos serviços de saúde e, ao mesmo tempo, criando novos desafios para a privacidade e a segurança cibernética.

À medida que a tecnologia se torna cada vez mais avançada e a quantidade de informações pessoais de pacientes armazenadas eletronicamente aumenta, a segurança cibernética e a privacidade dos pacientes se tornam preocupações cada vez mais importantes. Para enfrentar esses desafios, hospitais e clínicas médicas precisam estar atualizados com as últimas tendências em privacidade e segurança cibernética.

Neste sentido, apresenta-se a seguir 10 tendências em privacidade e segurança cibernética no ambiente hospitalar e dentro das clínicas médicas, que podem ajudar as organizações de saúde a se manterem seguras e proteger as informações confidenciais dos pacientes.

  1. Maior foco na segurança cibernética: Com o aumento do uso de tecnologia em ambientes médicos, os profissionais de saúde estão cada vez mais preocupados com a segurança de informações sensíveis dos pacientes. Por isso, a segurança cibernética se tornará uma das principais tendências em privacidade e cibersegurança no ambiente hospitalar e dentro das clínicas médicas.
  2. Aumento do uso de tecnologia vestível: Dispositivos vestíveis, como smartwatches e pulseiras de monitoramento, estão se tornando cada vez mais comuns em ambientes médicos. Com o aumento do uso desses dispositivos, a privacidade dos pacientes se tornará ainda mais importante.
  3. Proteção de dados sensíveis do paciente: A privacidade dos pacientes é uma preocupação crescente no setor de saúde. Com isso, haverá um aumento na proteção de dados sensíveis dos pacientes para evitar que informações confidenciais sejam expostas.
  4. Investimento em infraestrutura de TI: As organizações de saúde estão investindo em infraestrutura de TI mais avançada, como sistemas de armazenamento em nuvem, para aumentar a segurança dos dados dos pacientes.
  5. Treinamento de funcionários: A conscientização sobre segurança cibernética será um tema recorrente em treinamentos para profissionais de saúde. Isso ajudará a garantir que os funcionários estejam cientes dos riscos e saibam como proteger as informações dos pacientes.
  6. Adoção de práticas de zero trust: Com a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas, muitas organizações de saúde estão adotando a abordagem de zero trust em sua segurança cibernética. Essa abordagem significa que cada usuário, dispositivo ou aplicativo deve ser autenticado e autorizado antes de ser permitido o acesso a qualquer recurso ou sistema.
  7. Interoperabilidade: A interoperabilidade ajuda a garantir que todas as informações relevantes sobre o paciente estejam disponíveis para os profissionais de saúde envolvidos em seu cuidado, permitindo uma melhor coordenação do atendimento e uma tomada de decisão mais informada.
  8. Análise de dados em tempo real: Com o aumento do volume de dados gerados no setor de saúde, a análise em tempo real se tornará cada vez mais importante para identificar possíveis ameaças cibernéticas e tomar medidas preventivas imediatas. As organizações de saúde podem utilizar soluções de análise em tempo real para identificar comportamentos suspeitos e evitar violações de segurança de dados dos pacientes.
  9. Uso de inteligência artificial: A inteligência artificial será cada vez mais utilizada no setor de saúde para melhorar o diagnóstico e o tratamento de doenças. A privacidade dos pacientes será uma preocupação importante ao utilizar essas tecnologias.
  10. Monitoramento remoto: O monitoramento remoto de pacientes será cada vez mais comum, especialmente para aqueles que precisam de cuidados constantes. Com isso, a privacidade dos pacientes se tornará uma questão ainda mais crítica.

Para garantir a conformidade com a LGPD e as orientações do CFM, é importante que as organizações de saúde adotem práticas de segurança cibernética robustas, incluindo o uso de autenticação de dois fatores, adoção de práticas de zero trust, investimento em infraestrutura de TI, análise de dados em tempo real, entre outras práticas. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde sejam treinados em segurança cibernética e conscientizados sobre a importância da privacidade dos pacientes.

Ao seguir essas tendências e orientações, as organizações de saúde podem garantir que seus pacientes recebam atendimento de alta qualidade e proteger a privacidade e a segurança das informações confidenciais dos pacientes.

Paulo Vinícius de Carvalho Soares é sócio e Data Protection Officer do Lee Brock Camargo Advogados, mestrando em direito civil pela PUC/SP, especialista em Direito Digital pela Fundação Getúlio Vargas e graduado pela Universidade de São Paulo – USP

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.