O nascimento de Gael, ocorrido no sábado (2), no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia (GO), surpreendeu toda a equipe do centro cirúrgico e até a mãe – Daianne Silva Pereira. Isso porque o bebê nasceu pesando 5,015 kg e com 54 cm de comprimento.
Desde os cinco meses de gestação, Daianne fazia um acompanhamento no Hemu, referência em atendimento de casos de média e alta complexidade. Com o desenvolvimento de uma diabetes, hipotireoidismo e uma pré-eclâmpsia, ela teve que ser internada na unidade em 22 de março para uma melhor assistência e passou por uma cesariana, com 36 semanas de gestação e seis dias.
A cirurgia foi um sucesso e Gael nasceu saudável e enorme e despertou a curiosidade de muita gente que estava no hospital. Todos queriam ver o “bebezão”.
Expectativas
A mãe, Daianne Silva Pereira, uma maranhense de 34 anos, moradora do município de Marzagão, 159 km de Goiânia, contou que, pelo tamanho da barriga, familiares e amigos brincavam que seriam dois bebês.
Daianne contou que no último exame de ultrassom já apontava que seria um bebê grande, com aproximadamente 4kg, o que criou uma certa expectativa sobre seu tamanho. Só não imaginava que, na hora do parto, nasceria um menino tão grande. “Foi uma surpresa e ao mesmo tempo uma alegria muito grande, em ver que ele nasceu saudável”, disse.
A costureira Irene Pereira, avó de Gael, acompanhou a filha durante toda a gestação e também ficou admirada com o tamanho do neto. “Tenho muitos netos, mas nenhum nasceu tão grande assim. Até as roupas do enxoval ficaram pequenas, poucas são as que servem nele”, observou a avó toda orgulhosa.
Bebês macrossômicos
Segundo o ginecologista e obstetra Leomar Martins, que fez o parto de Gael, toda a equipe ficou perplexa com o tamanho da criança. O médico ressaltou que recém-nascidos acima de 4kg são atípicos. Normalmente, eles nascem com peso entre 2,5kg e 4kg. “Bebês como o Gael se encaixam dentro do quadro de uma condição chamada macrossomia, que abrange recém-nascidos com mais de 4kg”.
De acordo com especialistas, bebês gigantes podem sim ser frutos da sua herança genética, caso a família apresente uma estatura além do convencional. Porém, geralmente, a causa mais comum do crescimento excessivo do feto é a presença de um quadro diabético na própria mãe.