Julho é o mês de conscientização e prevenção aos tumores de cabeça e pescoço e, também, o período que marca a campanha Julho Bordô, de combate à mucosite oral (MO). Causada principalmente pela inflamação da superfície da mucosa bucal, essa reação acomete cerca de 85% dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço, mas, em alguns casos, pode ser prevenida e tratada.
Os principais sintomas são sensação de ardência e queimação nas mucosas da cavidade oral, surgimento de aftas e úlceras, dificuldade e dor ao ingerir alimentos, além de boca seca. Segundo o Dr. Ruan Soares da Silva, dentista hospitalar e oncológico do Grupo Oncoclínicas, antes de iniciar o tratamento de tumores de cabeça e pescoço com quimioterapia e radioterapia, é fundamental fazer uma consulta com o cirurgião-dentista para que ele possa avaliar o quadro clínico do paciente e recomendar os cuidados odontológicos necessários.
“A manutenção da higiene oral, durante e após a radiação, também contribui para reduzir o risco de complicações dentárias, como infecções, cáries e gengivite”, explica o Dr. Ruan. Para os casos mais graves, é possível prevenir e tratar a mucosite oral com o uso da técnica de Laserterapia de Baixa Intensidade, recurso que acelera a reparação tecidual, trazendo bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, de acordo com a Dra. Renata Ferrari, coordenadora de Estomatologia do Grupo Oncoclínicas, “hoje já existem protocolos de eficácia comprovada que podem ser aplicados para minimizar e tratar os sintomas, bem como medidas profiláticas para reduzir e evitar o agravamento das intercorrências que podem causar a mucosite oral”, diz a especialista.
Outro fator relevante no enfrentamento ao câncer, de acordo com o cirurgião-dentista, é que o paciente oncológico seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar para o cuidado integral durante o tratamento, com apoio de médicos, odontologistas, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais.