Mamógrafos das redes pública e privada precisam passar por testes diários

No início deste mês, a Anvisa determinou em resolução a obrigatoriedade diária do teste de qualidade de imagem nos mamógrafos das instituições de saúde das redes pública e privada. Antes da data, as análises de qualidade ocorriam mensalmente. A testabilidade nos mamógrafos faz parte do Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM), instituído pelo Ministério da Saúde como norma de segurança exigida aos serviços públicos e privados de diagnóstico por imagem. Para isso, usa-se phanton, um instrumento que age como um simulador de mama. “Se a leitura de estruturas estiver nítida pelo uso dos simuladores, significa dizer que o equipamento está adequado para o exame”, explica o físico médico da BrasilRad, Walmoli Gerber Jr., para quem os testes mensais para diários representam uma vitória para todas as mulheres.

É importante dizer que a mamografia é a grande aliada das mulheres para a detecção precoce do câncer de mama. Estudos mostram que a realização anual do exame, a partir dos 40 anos, reduz em mais de 35% a mortalidade pela doença. “Quanto mais se testar a qualidade, maior a probabilidade de detecção do câncer de mama, dada as chances de cura em 90% quando identificado precocemente”, explica Walmoli.

Pioneirismo em Santa Catarina

Embora a resolução anterior estabelecia testes de qualidade mensais, Santa Catarina foi o primeiro estado a fazê-los diariamente, desde 2015. É desse estado, também, a empresa pioneira no Brasil na automação e uso de inteligência para atestar a qualidade dos mamógrafos. Sob o comando da BrasilRad, o físico médico Walmoli explica que as normas estabelecidas pela Anvisa são rigorosas, propensas a suspensão do serviço de mamografia nos hospitais, clínicas e consultórios que não as cumprirem. “Qualidade da imagem, força de compressão, dose glandular média na mama são alguns critérios exigidos, e que precisam ficar à disposição das autoridades sanitárias para inspeção”, explica.

Ele também esclarece que os testes trazem segurança ao operador e ao responsável técnico da instituição de saúde e garantia no resultado do laudo para o médico, que terá as condições necessárias para propor o tratamento mais adequado à paciente. “A saúde da mulher sai ganhando e o Brasil vai se destacar mundialmente na capacidade de rastreamento”, conclui.

Redação

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