Na quarta-feira (1), 513 deputados federais e 27 senadores eleitos no último pleito tomaram posse no Congresso Nacional. São 37 médicos que assumem o desafio de representar a área da saúde, sendo 35 deputados federais e dois senadores. Desses, 22 foram reeleitos na Câmara e um no Senado.
O Brasil tem, segundo levantamento do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), 682.363 enfermeiros e 451.824 auxiliares de enfermagem. Somados aos técnicos de enfermagem, são mais de dois milhões de profissionais da área. Entretanto, apenas quatro enfermeiros e dois auxiliares de enfermagem foram eleitos para a Câmara dos Deputados, segundo dados do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).
Nenhum profissional da odontologia aparece na lista, embora existam 384.496 cirurgiões-dentistas ativos no Brasil, de acordo com dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO).
Para a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), a representatividade ainda é baixa. “A saúde, em suas diversas especialidades, tem um grau de importância imensurável e um número enorme de pautas a serem discutidas”, destaca o presidente da instituição, Dr. Raul Canal. “Quanto mais pessoas comprometidas com a causa na esfera pública, maior a chance de qualificar o debate para avançarmos na agenda da saúde”, completa o especialista em Direito Médico.
Mudança
O líder histórico da bancada médica e presidente da FPMed (Frente Parlamentar Mista da Medicina), deputado Hiran Gonçalves (PP/RR), deixa a Câmara para assumir o posto de senador da República. O grupo é essencial para a discussão e a manutenção de políticas públicas para o setor, e se destacou, na última legislatura, pelo fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e da atenção primária.
Regiões
Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que a região Nordeste tem a maior representação da medicina na Casa: são 11 deputados e um senador; o Sudeste conta com 10 deputados; o Norte com seis deputados e um senador; e o Centro-Oeste e o Sul com quatro representantes cada. No Senado Federal, a bancada da medicina passa de sete para oito representantes médicos.