Crianças com câncer cortam os cabelos de futuros médicos

Na manhã desta segunda-feira (29) o Hospital da Criança Santo Antônio recebeu o Trote Solidário: Careca Amiga dos alunos da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Na ação, organizada pela Liga de Câncer da Universidade, os calouros tiveram os cabelos cortados pelas crianças em tratamento oncológico, com o apoio de cabeleireiros do Studio Leo Zamper e Gylson Collares Visagismo & Beleza, parceiros da iniciativa. Na quinta edição da iniciativa os meninos tiveram os cabelos raspados e as meninas doaram mechas para a confecção de perucas pela ONG Cabelaço.

A ação tem o objetivo de desmistificar os preconceitos que envolvem a queda de cabelo, consequência dos procedimentos que envolvem o tratamento do câncer, através do gesto solidário dos calouros. Além disso, o Trote Solidário busca conscientizar os jovens acadêmicos sobre o compromisso que terão com a saúde e com o bem estar dos seus futuros pacientes. O calouro do curso de Medicina, Mateus Mesquita, destaca a importância de participar do Trote Solidário: “Como futuros profissionais da saúde nós queremos nos aproximar dos pacientes, além de ajudar as crianças na desconstrução de alguns esteriótipos e aos padrões de beleza. Acredito que é uma forma de contribuir para a melhor aceitação o tratamento e de trazer um pouco de alegria para elas”.

Atualmente cerca de 150 crianças estão em tratamento no setor de Oncologia do Hospital da Criança Santo Antônio e mais de 500 recebem acompanhamento. Uma das mais entusiasmadas com a iniciativa foi a Alexia Guedes, de cinco anos. Com o auxílio dos cabeleireiros, ela raspou o cabelo dos estudantes. “Essa ação é muito motivadora em razão de todo o processo do tratamento, para que ela possa tirar um pouco desse peso da doença e também para que o hospital se torne um ambiente convidativo”, ressaltou a mãe da menina, Cristiane Guedes.

Para a dra. Laura Borba, médica hematologista do Hospital Santo Antônio, o Trote Solidário é uma grande experiência para os alunos, que podem vivenciar um pouco da rotina médica, mas principalmente para as crianças que estão em tratamento. “A queda capilar não ocorre em todos os casos, mas é um momento de muita ansiedade não apenas para as crianças como também para os familiares. É o momento que se percebe que estão em tratamento, que o cabelo começa a cair e há crianças que sofrem muito nesse período. Por isso enxergar o corte de cabelo em um momento lúdico como este, de muita brincadeira e que podem participar, é excelente para eles”, explica a dra. Laura.

Redação

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