Celebrado em 7 de maio, o Dia do Oftalmologista foi proposto pela Sociedade de Oftalmologia de São Paulo, nesse mesmo dia, em 1930. No entanto, a data só foi oficializada em âmbito estadual em 1968 e passou a fazer parte do calendário nacional a partir de 1986.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 60% e 80% dos casos de cegueira são evitáveis ou tratáveis. Isso significa que quase 700 mil brasileiros que são cegos poderiam estar enxergando, se tivessem recebido o tratamento adequado e em tempo apropriado. Por isso, o acesso ao atendimento médico oftalmológico é decisivo para alterar as condições de saúde ocular do povo brasileiro.
Atualmente, a Unimed Sorocaba (SP) conta com 58 oftalmologistas dentre seus 1.207 cooperados. Entre eles está o doutor Rodrigo André de Oliveira Pereira, integrante do Conselho de Administração da instituição e membro do Centro de Estudos da Unimed Sorocaba.
Covid-19
Evidentemente, a Covid-19 impactou também nessa especialidade. “A percepção é de que a pandemia afetou os oftalmologistas, pois a maior parte da nossa atividade é realizada em consultório e nas cirurgias eletivas”, pondera. “Com as ondas da pandemia, muitos consultórios permaneceram fechados por algum tempo. Mesmo os que se mantiveram em atividade tiveram que se adaptar, ampliando o espaçamento entre as consultas e aderindo ao distanciamento social, por exemplo, o que levou a uma redução da atividade dos médicos”, explica o doutor Rodrigo. Além disso, muitos pacientes evitaram a busca por atendimentos eletivos, o que também gerou reflexo negativo na demanda.
Sobre as consequências da Covid-19 na saúde ocular, ele explica que existem estudos demonstrando que a inflamação da conjuntiva (conjuntivite) é um sintoma possível da doença, “apesar de isto estar presente em uma minoria dos casos”, pontua. “Sequelas relacionadas aos olhos e à visão têm sido relatadas, porém, ainda são necessários mais estudos para consolidar essas informações”, complementa o doutor Rodrigo.
Tecnologia
A oftalmologia é uma especialidade que tem convivido, ao longo dos anos, com os avanços da tecnologia. “Mesmo nos exames de rotina, vários equipamentos foram incorporados ao arsenal de diagnóstico do oftalmologista”, ressalta o médico. “Além disso, na parte cirúrgica, a evolução constante da tecnologia permite a realização de procedimentos mais complexos e com menores riscos para os pacientes, com o uso, por exemplo, de laser e outras modalidades, contemplando a melhora dos resultados em cirurgias de catarata, glaucoma, retina, córnea, entre outros”, destaca.
O progresso tecnológico é inevitável. “Acredito que é um caminho sem volta, pois nos deparamos cada vez mais com o avanço da tecnologia. Porém, não devemos nunca nos esquecer de que a parte humana é fundamental para o uso dessas tecnologias. A relação médico-paciente e o aprimoramento constante dos oftalmologistas nas áreas clínica e cirúrgica são essenciais para que se exerça uma medicina de qualidade, humanizada e focada no bem-estar do paciente”, alerta o doutor Rodrigo.