Empresas de telemedicina e saúde digital criam associação para apoiar desenvolvimento sustentável do setor

Visando garantir que a tecnologia cumpra o seu papel de ampliar o acesso à saúde e colocar cada vez mais o paciente no centro do cuidado, entidades que atuam na cadeia de prestação de serviços de telemedicina e que desenvolvem atividades relacionadas à saúde digital, uniram-se em torno desta causa comum e fundaram a Saúde Digital Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital). A SDB é uma organização sem fins lucrativos, que surge tendo como principal objetivo garantir a continuidade, mesmo após a pandemia, da assistência à saúde por meio da telemedicina e da telessaúde, em todo território nacional. Além de possibilitar o acesso universal, incrementar o desenvolvimento científico-tecnológico e a inovação na saúde.

À frente da entidade estão Eduardo Cordioli (Presidente e representante do Hospital Albert Einstein) e Caio Soares (Vice-Presidente e representante da Teladoc), apoiados por Fábio Luís Pinto Tiepolo (Membro Docway), Guilherme de Souza Weigert (Membro Conexa), Fábio Cunha (Membro DASA) e Wilson Shcolnik (Membro Santecorp/ Fleury).

Grupos de trabalhos foram organizados para fomentar a discussão de temas específicos, como segurança de informação e de sistemas, inclusive de prontuários eletrônicos; prescrição e dispensação de medicamentos; interoperabilidade entre sistemas do SUS e da Saúde Suplementar; protocolos clínicos e melhores práticas assistenciais relacionadas à telemedicina, como consentimento informado, limites de atuação à distância, entre outras; e relacionamento com as Sociedades de Especialidade Médica.

“Acreditamos na telemedicina plena e em seu papel vital para alcançarmos nossos objetivos e garantir um atendimento digno, com qualidade, mas também ágil, eficiente e racional. A utilização de recursos eletrônicos pode aumentar o engajamento do paciente, tornando-o o maior parceiro da sua própria saúde. É essa autonomia de escolha que deve nortear o ato de cuidar das pessoas, seja o profissional de saúde que for. Especialmente no caso dos médicos, eles dispõem das condições de optar pelo uso ou não da teleconsulta ou a teleorientação”, explica Eduardo Cordioli, presidente da SDB.

Como associação sem fins lucrativos, a SDB visa ainda contribuir para aperfeiçoamento do modelo assistencial, para criação de um marco regulatório e para o desenvolvimento qualificado e sustentável do setor de saúde.

O papel da telemedicina e da saúde digital

A telessaúde e a telemedicina, que durante a pandemia ganharam os holofotes e salvaram muitas vidas são, sem dúvida, ferramentas que ampliam o acesso à saúde e diminuem custos. Grande parcela da população foi assistida com segurança e empresas cuidaram adequadamente dos seus colaboradores usando a tecnologia. Por meio delas, é possível aprimorar a experiência do paciente, reduzir desperdícios, evitar atrasos no diagnóstico e condutas e, com isso, levar mais qualidade à saúde da população.

“Se elas foram tão relevantes neste último ano, justamente por ampliarem o acesso e direcionarem o paciente ao local mais adequado à sua jornada assistencial, por qual motivo não poderiam ser utilizadas após esse período? Qual país do mundo constitui um exército apenas no período de guerra? Será que esta não é a ferramenta para realmente exponencializar o acesso da população brasileira à Saúde? Será que esta não é a ferramenta para um atendimento mais humanizado, de uma população já sacrificada? Será que esta não é a saída para uma importante redução de pressão por atendimento no sistema público? O aprendizado não cessa, é preciso estar sempre treinando, alerta, e se aprimorando no uso da tecnologia, mesmo em tempos de normalidade”, provoca Cordioli.

Redação

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