Em 04 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data foi criada para ampliar a conscientização sobre a doença, visando incentivar sua prevenção, descoberta e possibilitar que as pessoas tenham um tratamento adequado. De acordo com o último relatório do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência; de 2020 a 2022, esse número estava na casa dos 625 mil novos casos a cada ano.
Neste cenário, a saúde digital é de suma importância por colaborar com o tratamento e a cura, auxiliando na detecção precoce. Ela traz benefícios desde o engajamento, o atendimento até a recepção de seus resultados para tratamento adequado quando necessário. Informatizar todos os processos envolvidos no atendimento do paciente traz um consequente ganho no tempo empregado nessa jornada.
As tecnologias têm envolvido simuladores de realidade virtual que ajudam os pacientes a lidar com o estresse e a ansiedade associados a um diagnóstico, além de técnicas de imagem aprimoradas com a inteligência artificial, que tornam a detecção e a análise dos tumores muito mais fácil. Porém, ainda há muitos desafios em termos de infraestrutura dentro das instituições.
Para Larisse Ramos, especialista em negócios de Medicina Diagnóstica na MV, o investimento em tecnologia se tornou fundamental para aprimorar a jornada de quem é atendido, além de potencializar os diagnósticos e resultados da medicina oncológica no Brasil. A especialista também reforça a importância de medidas que são relativamente simples, como a prevenção.
“A tecnologia como uma aliada no combate ao câncer propõe para as instituições de diagnóstico uma atuação de viabilização na realização de exames de uma forma abrangente, com tempo e qualidade adequados para uma tomada de decisão prévia e assertiva. Nesse contexto, o processo de estudo é qualificado não somente em sua realização, mas também no acesso às importantes informações dos profissionais envolvidos nessa jornada”, explica ela.
Câncer de mama e sua grande incidência no Brasil
O câncer de mama, exceto os tumores de pele não melanoma, é a neoplasia que mais atinge e mata mulheres de todas as regiões do Brasil e ainda há um longo caminho a percorrer para reverter esse quadro. Entre 2020 e 2022, foram registrados 66.280 casos novos da doença por cada ano do triênio, representando um crescimento em relação ao ano de 2019, onde 59.700 casos foram registrados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Para a especialista da MV, diversas empresas estão investindo em aplicativos e equipamentos tecnológicos para colaborar com a cura do câncer de mama. Uma delas é a NASA. A organização iniciou o movimento de biomimética, levando avanços em quase todos os campos de pesquisa. A tecnologia também foi aplicada às próteses mamárias, pois, através da impressão 3D, os médicos desenvolvem moldes personalizados para a forma, tamanho e cor, correspondendo à anatomia única de cada paciente. Isso faz com que elas mantenham uma maior sensação de normalidade, ao mesmo tempo em que fornecem o suporte necessário para ajudar a prevenir feridas mamárias, que podem levar à infecção.
Apesar dos grandes avanços, Larisse alerta para a importância da informatização e da digitalização no combate ao câncer de mama. “A expansão dessas iniciativas está atrelada ao entendimento da instituição referente ao custo versus o retorno que a transformação digital traz”, explica. A especialista lista algumas ferramentas que a gestão da medicina diagnóstica tem à disposição para otimizar a realização das mamografias e que podem ser um investimento nas instituições de saúde. São elas:
Expansão da oferta de exames – Essa funcionalidade do software de gestão da medicina diagnóstica é fundamental para que a organização possa fazer a confirmação de agendamentos, dar vazão à demanda das pacientes e garantir que sejam atendidas diante de uma agenda com total aproveitamento.
Integração das informações para o cuidado da paciente – Para a realização de mamografias, é importante o levantamento e a correlação dos dados clínicos e radiológicos para que o médico possa se orientar melhor nos achados do exame. Sendo assim, é indicado integrar os sistemas de medicina diagnóstica também ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), garantindo o acesso aos dados integralizados da paciente a ser submetida ao exame.
Maior qualidade de laudo – Desde a operação adequada do mamógrafo, que deve estar devidamente calibrado, até a escolha correta do hardware (especialmente o monitor) usado pelo médico, as ferramentas presentes no PACS evitam gastos com utilização de películas, além de garantir uma boa visualização da imagem diagnóstica, o que resulta em um laudo mais apurado.
Análise avançada das mamografias – O uso de visualizadores ultra avançados otimiza o diagnóstico, garantindo, assim, a diferenciação entre achados evidentes e discretos. Essas ferramentas são capazes, por exemplo, de diferenciar tons de cinza e permitem a comparação e o aumento, síncrono ou não, de áreas e série de interesse e projeções de imagem. Há também recursos como zoom múltiplo para melhor análise da superfície, alinhamento automático das imagens, exibição de medidas e impressão personalizada.