Doações para Cruz Vermelha São Paulo caem 60% entre março e abril deste ano

Em um ano de imensos desafios para a população brasileira por conta dos reflexos da pandemia do Coronavírus, o trabalho da Cruz Vermelha São Paulo fez a diferença na vida de milhares de famílias no Estado. Segundo o balanço da entidade, mais de 41 toneladas de doação foram arrecadadas em 2020 e, somente entre abril e dezembro de 2020, 169.716 pessoas foram beneficiadas com as doações obtidas no período, que envolviam cestas básicas, kits de higiene e limpeza, kits de máscaras e cobertores.

Além dos materiais, a instituição também recebe recursos financeiros que são utilizados para custear a estrutura logística dos atendimentos. Em março deste ano, as doações quase zeraram no início do mês e chegaram a apenas R$ 1 mil. Situação muito diferente da registrada em março de 2020, quando já vivíamos o drama da pandemia e, mesmo assim, foram arrecadados cerca de R$ 113 mil. Após campanhas de arrecadação, foi possível reverter a situação e a entidade conseguiu reunir R$ 101 mil para saudar as despesas em março.

Nova queda

Em abril, houve nova queda e a entidade recebeu, por meio de doações no site, cerca de R$ 41 mil. O montante representa uma diminuição de 60% em relação ao mês anterior e de 70% em relação a abril de 2020, quando foram reunidos R$ 138 mil em contribuições. Nos primeiros 20 dias de maio, pouco mais de R$ 4,6 mil foram arrecadados.

Apesar da quebra abrupta nas doações, o número de famílias necessitadas aumentou. No primeiro quadrimestre de 2021, 590.780 pessoas foram beneficiadas com 64 toneladas de doações obtidas no período pela Cruz Vermelha São Paulo. Nos três primeiros meses de 2020, o número de pessoas auxiliadas pela instituição foi de 32 mil.

O diretor executivo da Cruz Vermelha São Paulo, Bruno Semino, enfatiza que as doações de materiais são muito importantes neste momento, assim como os recursos financeiros que ajudam a sustentar toda a operação logística para a entrega da ajuda aos necessitados. “O que queremos quer é aumentar o volume de doações e parcerias de forma constante, garantir essas doações por meses seguidos é importante para que as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social possam ter a certeza de que terão um tempo para se recolocar e buscar condições dignas para as suas famílias”, afirma.

Segurança alimentar

Pesquisa recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional mostrou que a fome atingiu 19 milhões de brasileiros no fim de 2020 e que, ao todo, 116,8 milhões – mais da metade da população brasileira (55,2%) – enfrentaram algum grau de insegurança alimentar.

Diante desse quadro, a CV-SP criou o programa ‘Além do Básico’, que oferece cestas básicas por seis meses, ao invés de um ou dois meses, às pessoas que estão cadastradas nas ONGs atendidas por esse programa da instituição. “É uma forma de garantir a segurança alimentar da família enquanto se busca uma recolocação no mercado. Neste momento, há muitas pessoas que evitam doar pois temem ficar sem emprego e sem dinheiro. Mas, se não ajudarmos, a situação tende a piorar”, destaca Semino.

Doação recorrente

Além das doações físicas que podem ser entregues diretamente no endereço da entidade (Avenida Moreira Guimarães, 699 – Indianópolis) com todos os cuidados sanitários, as doações em dinheiro também podem ser realizadas online através do link cruzvermelhasp.org.br/doacao.

Além de escolher a categoria de doação (cesta básica, kit higiene, transporte, kit inverno e outros valores), o doador tem a opção de efetuar o pagamento via cartão de crédito (com contribuição única ou recorrente), além de boleto, pix e outros meios de pagamentos digitais.

Redação

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