Doenças reumáticas atingem 15 milhões de brasileiros de todas as idades

Celebrado em 30 de outubro, o Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo busca conscientizar a população sobre as mais de 120 doenças que compreendem o chamado reumatismo, que pode atingir homens e mulheres de todas as idades. Entre as mais comuns estão: lúpus, artrite reumatoide, artrose, gota, espondiloartrites, síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica, febre reumática e fibromialgia – todas tratadas pelo reumatologista.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15 milhões de brasileiros vivem com alguma dessas doenças. Da infância à velhice, quanto mais cedo for o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento que, realizado de forma adequada, possibilitará uma qualidade de vida melhor ao paciente. Importante destacar que cada enfermidade tem sintomas diferentes e, na maioria das vezes, são tratadas de forma multidisciplinar, envolvendo outras especialidades médicas além do reumatologista.

“Conscientizar é o primeiro passo para estabelecermos o diagnóstico precoce e nortear um tratamento individualizado, proporcionando desta forma o alívio da dor e o controle da atividade da doença”, esclarece Marcelo Pinheiro, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia, que explica a importância da continuidade do tratamento para uma melhor qualidade de vida.

Algumas enfermidades reumáticas são autoimunes e não têm cura, como é o caso do lúpus e da artrite reumatoide. Contudo, podem ser controladas graças ao tratamento correto, geralmente composto pela prática de atividade física e uso de medicações adequadas. Ao seguir todos os cuidados, o paciente pode ter uma vida saudável, sem incômodos.

Covid-19 e doenças reumáticas

Com medo da pandemia – ou por falta de acesso à saúde -, 32% dos pacientes com doenças reumáticas não procuraram um médico no ano passado. É o que mostrou o levantamento da Sociedade Brasileira de Reumatologia, realizado junto à Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR), que ouviu 1.793 pacientes em junho de 2020. Nesse cenário, muitas doenças deixaram de ser diagnosticadas precocemente.

Marcelo Pinheiro prevê o crescimento de casos de doenças reumáticas nos próximos meses, resultado da volta aos atendimentos presenciais. “À medida que a vacinação aumentou, vimos a procura por consultas crescer de 40% a 50% nos consultórios e ambulatórios”, aponta. O especialista explica que, agora, a expectativa é ‘correr atrás’ dos diagnósticos que foram freados durante a pandemia, bem como dos tratamentos adequados, para contornar os prejuízos à saúde de cada paciente.

Redação

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