Dentre os 625 mil novos casos de câncer que serão diagnosticados entre 2020 e 2022 no Brasil, 3% serão de câncer infantil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Desses, os mais frequentes são leucemias, tumores cerebrais e linfomas.
Com o avanço da tecnologia, entretanto, os tratamentos do câncer infantil tornam-se cada vez mais rápidos e precisos, como no caso da radioterapia. De acordo com a radioterapeuta Rosângela Correa Villar, do Centro Infantil Boldrini, esse avanço é considerável mesmo em casos de volumes pequenos e tumores com deslocamento ao respirar, que são comuns em abdomens e tórax de crianças.
No Centro Infantil Boldrini, a equipe de radioterapia utiliza o acelerador Synergy, da Elekta. O equipamento permite que a distribuição da dose de radioterapia seja realizada de forma segura e rigorosamente controlada em todos os tratamentos. Além disso, o sistema de imagem integrado permite localizar a área de irradiação com precisão submilimétrica, garantindo que o tumor receberá a dose adequada e que os tecidos sadios serão devidamente protegidos.
“O Synergy pode ser indicado para o tratamento de qualquer tumor pediátrico. Com ele, é possível diminuir a exposição dos órgãos saudáveis adjacentes ao tumor à dose de radioterapia e reduzir a exposição do paciente pediátrico à anestesia. A Radioterapia Guiada por Imagem (IGRT) com VMAT – técnica dinâmica em que o acelerador realiza o tratamento em um arco contínuo variando a dose e a forma da radiação simultaneamente – se torna uma alternativa de alta qualidade, rapidez e precisão, mesmo para tumores muito pequenos e irregulares”, explica a radioterapeuta do Centro Infantil Boldrini.