Em 24 de julho é comemorado o Dia Internacional do Autocuidado, data criada pela Federação Global de Autocuidado para reforçar a importância diária do cuidado com o corpo, e como atitudes proativas relacionadas ao bem-estar podem trazer benefícios para uma vida mais saudável.
A data foi escolhida oficialmente como Dia do Autocuidado, já que é possível colher os frutos dessa prática 24 horas por dia, 7 dias por semana. O mês traz um desafio que vai além da importância do conceito em si, mostrando que a prática pode servir de estímulo para que as pessoas revejam algumas questões e avaliem a implementação do bem-estar preventivo diário à saúde.
Em julho, a Sanofi Consumer Healthcare (CHC), em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), encoraja ações de educação sobre autocuidado que incentivem as pessoas a estabelecerem uma rotina de hábitos saudáveis. Essa prática envolve horários de lazer, momentos de reflexão, alimentação balanceada e exercícios físicos, medidas indispensáveis para colocar o autocuidado em ação.
Um estudo realizado ABIMIP (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição) nos principais países da América Latina, mostra que 90% das pessoas se consideram cuidadosas com a saúde e praticam o autocuidado, 46% costumam se exercitar três vezes na semana e 42% sabem como se prevenir de doenças simples. Especialistas apontam que o recomendável é trabalhar o autocuidado, de maneira diária, alinhado aos objetivos, interesses e às metas de cada pessoa, buscando sempre por práticas saudáveis que contribuam para uma rotina mais leve e menos estressante.
Os benefícios do autocuidado para a saúde em tempos de pandemia
Entre os sete pilares do autocuidado – que incluem a alimentação saudável, prática de atividade física, bem-estar mental e a autoconsciência, boa higiene, busca de conhecimento e informação, e também a consciência de atitudes de risco como fumar e consumir álcool em excesso – está o sétimo pilar: o uso racional de produtos e serviços de saúde.
Temerosos em procurar os serviços de saúde por causa da pandemia, os brasileiros estão praticando cada vez mais o autocuidado para cuidar da saúde. Pesquisas revelam que mais da metade dos brasileiros têm receio de enfrentar prontos-socorros e hospitais, sobrecarregados com a Covid-19. Nesse contexto, estudos feitos em vários países dão conta da importância do uso de medicamentos isentos de prescrição médica, os chamados MIPs, de modo responsável e seguro – tanto para o autocuidado e a saúde individual como também para desafogar unidades básicas de saúde e hospitais, envolvidos na atenção à crise sanitária em que vivemos.
“Os MIPs são aliados importante para tratar doenças e sintomas como dores de cabeça, resfriados, acidez estomacal, febre, tosse, prisão de ventre, entre outros males menores, facilmente reconhecidos pelo consumidor”, diz a vice-presidente executiva da ABIMIP, Marli Martins Sileci. Medicamentos aprovados pela Anvisa, os MIPs têm bula e informações sobre seu uso e suas contraindicações e podem fazer a diferença, especialmente nesse momento em que a pandemia lota hospitais e centros de saúde, locais vulneráveis para a transmissão do Coronavírus.
“Com o uso dos MIPs, medicamentos isentos de prescrição, o indivíduo está mais empoderado para cuidar da sua própria saúde”, acredita Marli Martins Sileci, vice-presidente executiva da ABIMIP. Segundo a executiva, a vantagem dos MIPs está também na economia dos recursos públicos que, eliminados os males menores, são dirigidos para doenças mais graves, com maior impacto na população.
Na verdade, estudos feitos em 2015, com dados de consultas ambulatoriais do Sistema Único de Saúde e informações sobre o consumo de MIPs no Brasil, revelam que a sociedade brasileira investe cerca de R$ 61,2 milhões na compra de medicamentos isentos de prescrição – e deixa de gastar em torno de R$425 milhões em consultas médicas e perda de dias trabalhados. Ou seja, cada R$ 1,00 gasto num MIP resulta numa economia de até R$ 7,00 para a sociedade como um todo. (Jornal Brasileiro de Economia da Saúde 2017;9(1): 128-36).
No entanto, não se fala aqui de autoprescrição, prática danosa que acontece quando as pessoas se automedicam com remédios em que é obrigatória a apresentação de receita médica. “Estamos falando de automedicação, com utilização de medicamentos isentos de prescrição, para tratar sintomas e males específicos e que podem evitar uma ida ao hospital” lembra Marli Sileci. Para ordenar o uso desses medicamentos, a ABIMIP, criou as ‘quatro regras básicas’ para o uso consciente e responsável desses medicamentos.
A primeira é: usar os MIPs para cuidar de males menores, aliviar sintomas ou prevenir doenças, como é o caso das vitaminas. A segunda: utilizar apenas MIPs registrados na Anvisa e são considerados seguros. Já a terceira lembra: ler sempre as informações disponíveis para o produto, tanto no rótulo como na bula, para checar dados sobre para o quê o medicamento é indicado e também se ele não é contraindicado de acordo com cada um. E a quarta: se persistirem os sintomas, suspender o MIP e consultar um médico.