O Journal of Nephropathology, um dos mais renomados veículos científicos na área de Nefrologia e com elevado fator de impacto científico, publicou artigo original de um estudo de caso realizado na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos mais importantes polos de saúde da América Latina.
O estudo relata o caso em que o consumo de carambola, fruta bastante popular em países tropicais como o Brasil, causou a deterioração da função renal por oxalato, substância encontrada na fruta e em alguns outros alimentos e que facilita a deposição de cristais de oxalato de cálcio nos rins. Há evidência de que se a fruta for ingerida com o estômago vazio ou em estado de desidratação, as chances de desenvolvimento de insuficiência renal aumentam.
Além de intensificar o depósito de oxalato nos rins, causando doença renal, a carambola tem outra substância tóxica chamada caramboxina. Em casos de insuficiência renal, essa toxina não é filtrada pelos rins e, ao ser acumulada no organismo, age no sistema nervoso central, provocando desordens neurológicas como confusão mental e convulsões, entre outros sintomas.
Sob o título Acute Kidney Injury Due to Oxalate Nephropathy After Star Fruit Ingestion, o estudo relata o caso de um paciente caucasiano do sexo masculino, de 65 anos, que foi internado com leve confusão mental, sonolência, desconforto abdominal, perda de força física e inconsciência após ingestão de grande quantidade de carambola com o estômago vazio.