Por se tratar de uma doença degenerativa que atinge mais de 15 milhões de brasileiros, com números de casos crescentes entre a população jovem, a artrose pode ser uma das doenças mais incapacitantes, principalmente, quando acomete articulações como as dos joelhos. Considerada uma doença sem cura, resultante de um desgaste severo, a única alternativa para os casos mais avançados, quando os tratamentos paliativos não surtem mais efeito, é a cirurgia de substituição da articulação por próteses ortopédicas.
Também conhecida como artroplastia do joelho, esse tipo de cirurgia tem sido feita há mais de 50 anos, entretanto, com o avanço da medicina, especialmente na área robótica, os índices de procedimentos bem-sucedidos têm aumentado nos últimos anos. Estudos recentes apontam que a utilização de sistemas robóticos cirúrgicos, que operam de forma colaborativa junto a especialistas, têm permitido que essas intervenções sejam cada vez menos invasivas, com a preservação de tecidos moles como músculos, ligamentos e tendões, o que impacta de forma positiva na recuperação dos pacientes e seu retorno às atividades do dia a dia.
De acordo com um desses estudos, publicado no norte-americano Journal of Orthopaedic Experience & Innovation, os especialistas John A. Polikandriotis e Nathan L. Cafferky realizaram cerca de 250 cirurgias de substituição total do joelho com a colaboração do ROSA® Knee System, um sistema cirúrgico assistido por robô, desenvolvido pela multinacional americana Zimmer Biomet. Segundo os profissionais, os pacientes têm mostrado uma recuperação mais rápida, com menor tempo para se movimentarem de forma autônoma.
Como exemplo citado, um dos casos é de um homem de 77 anos de idade, com fortes dores e deformidades no joelho direito. Após múltiplas intervenções sem sucesso, foi decidido que ele seria um candidato apropriado para a substituição do joelho direito por meio da cirurgia robótica assistida. Utilizando o ROSA® Knee System foi possível restaurar seu alinhamento, assim como sua rotação femural, com um bom rastreamento de patela. Esse paciente passou a se sentir muito bem após a cirurgia e ficou muito feliz com o resultado.
Outro estudo, realizado pela Associação Nacional Australiana de Ortopedia, apontou que a implantação da prótese ortopédica personalizável de joelho Persona®️ Knee combinada à colaboração do ROSA® Knee System apresentou a mais baixa taxa de revisão cirúrgica, entre afrouxamentos, infecções, instabilidade e dor, em pacientes submetidos à artroplastia primária. A combinação dessas tecnologias da Zimmer Biomet reduziu em 35% as taxas dessas intercorrências.
Cabe ainda citar um estudo realizado pela Sociedade Europeia de Traumatologia Esportiva, Cirurgia do Joelho e Artroscopia, que compara as cirurgias realizadas por método instrumental tradicional e as robóticas colaborativas, utilizando a mesma tecnologia, do ROSA® Knee System. O grupo de robótica demonstrou resultados estatisticamente mais precisos e menos valores discrepantes para o alinhamento da articulação em comparação com um procedimento convencional.
De acordo com o ortopedista especialista em cirurgia do joelho e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) Dr. Marco Demange, as cirurgias colaborativas assistidas por robôs, como o ROSA® Knee System, apresentam a precisão como um dos maiores pontos positivos. “A partir de um alinhamento mais preciso, com estabilidade do balanço ligamentar do joelho, a recuperação do paciente é mais previsível, com resultado funcional melhor e mais rápido. Além disso, o sistema permite que o cirurgião seja menos agressivo na cirurgia em relação às exposições, o que também contribui para um tempo de recuperação menor. Em algumas semanas o paciente está andando de maneira natural e normal”, explica.
O ortopedista especialista em cirurgia do joelho no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), Dr. Mauro Meyer compartilha da mesma opinião sobre os benefícios do ROSA® Knee System. Segundo o especialista, os estudos no Brasil estão em andamento, a partir das cirurgias que têm sido realizadas, e ainda precisam de um pouco mais de tempo para mostrar o que as outras avaliações internacionais já mostraram. “Com a precisão do sistema robótico, temos tido tempos menores de internação, o paciente faz a movimentação do joelho com mais facilidade e isso causa menos dor no pós-operatório, menos uso de analgesia, maior conforto para que o paciente possa ir para casa mais rápido e maior longevidade dessa prótese”, conclui.
Referências:
- Relatório Persona® Knee: bitlybr.com/tuqQ
- Estudo publicado no Journal of Orthopaedic Experience & Innovation: bitlybr.com/XFHG
- Estudo Sociedade Europeia de Traumatologia Esportiva, Cirurgia do Joelho e Artroscopia: bitlybr.com/v8wJ4jt7
