Visando manter o apoio prestado há anos a todas as pessoas com hemofilia e outras coagulopatias hereditárias, especialmente neste momento da pandemia da Covid-19, a Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), presente em 25 estados através das Associações Estaduais Filiadas, tem mantido contato frequente com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde. Este alinhamento visa garantir a manutenção do tratamento domiciliar, durante a pandemia, a todas as pessoas que dele necessitam.
“Com isso, está sendo possível garantir a profilaxia e ampliar o tratamento domiciliar para mais um mês e, consequentemente, estimular a autonomia, independência, inserção social e qualidade de vida às pessoas com coagulopatias hereditárias”, explica Tania Maria Onzi Pietrobelli, presidente da FBH.
Anvisa esclarece tratamento domiciliar
Também acionada pela Federação Brasileira de Hemofilia, a Anvisa ratificou que não há suspensão de uso de Fatores de Coagulação em tratamento domiciliar. Em ofício, o órgão informou que “ainda que bulas de Fatores de Coagulação contenham a recomendação de uso restrito em ambiente hospitalar, a Anvisa reconhece a importância dessa forma de tratamento, desde que pacientes, familiares e cuidadores recebam capacitação pelos profissionais de saúde dos Hemocentros a que estão registrados, e que se responsabilizem pelo registro das infusões e retorno ao Hemocentro para consultas e avaliação, e reavaliação do tratamento”.
Desde 2000, o Brasil iniciou essa prática, com o programa de Dose Domiciliar de Urgência (DDU) para que os pacientes tratassem imediatamente o início de um sangramento e, assim, pudessem se deslocar até os hemocentros para consulta médica e sequência do tratamento.
Em meados de 2012, a Federação Brasileira de Hemofilia conquistou junto ao Ministério da Saúde as profilaxias primária, secundária e terciária, garantindo apoio a todas as pessoas com hemofilia grave ou com doença clínica que sangra, independente da idade.