Nunca se discutiu tanto a necessidade de olhar para a saúde de forma coletiva, ágil e assertiva como no último ano. Com seres microscópicos se tornando os verdadeiros vilões para a população de todo o mundo, um diagnóstico tardio ou tratamento errôneo pode impactar a saúde pública. Um bom exemplo disso tem sido o alerta constante sobre a resistência microbiana a antibióticos. De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas – a ONU -, estima-se que, por ano, mais de 700 mil pessoas morram por conta dessa resistência e, até 2050, os números devem chegar à alarmante marca de 10 milhões de óbitos. Dentre os motivos, o uso incorreto – ou até mesmo exagerado – dos antibióticos segue entre as principais causas.
Pensando em dar um passo além e mitigar esses riscos, a Laura, healthtech que utiliza a Inteligência Artificial (IA) para democratização do acesso à saúde, se juntou à MSD Brasil (Merck Sharp & Dohme) para desenvolver uma ferramenta que visa otimizar as tomadas de decisões dos profissionais da saúde. O Laura Stewardship Powered by MSD é voltado para médicos prescritores e visa estabelecer um bom gerenciamento dos tratamentos com recomendações individualizadas para cada paciente.
“Estamos dando um novo passo em direção aos cuidados com a saúde pública. A resistência microbiana, infelizmente, já é uma realidade, que traz danos colaterais tanto para a saúde quanto para o desenvolvimento econômico da sociedade. E, diante de dados tão preocupantes, junto ao fator que o desenvolvimento de um antibiótico leva anos, usar a tecnologia como aliada das equipes médicas é de suma importância para trazer mais assertividade e rapidez na rotina médica”, afirma o Dr. Hugo Morales, médico infectologista, diretor médico e cofundador da startup .
“Com as equipes dos hospitais operando, ainda, sem o suporte adequado da tecnologia, a gestão de dados importantes relacionados à Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) torna-se defasada e as ações necessárias não são realizadas em tempo real. Existem muitos desafios na implementação de programas de Gerenciamento de Antimicrobianos, uma vez que exigem mobilização e cooperação de todos os membros do time multidisciplinar envolvido no cuidado ao paciente, além da educação e adesão aos protocolos e fluxos estabelecidos. Com o processo ainda muito manual e trabalhoso, há maior dificuldade da CCIH em garantir que todas as etapas sejam cumpridas à risca, o que prejudica não só o paciente, mas toda a cadeia de saúde”, aponta a Dr. Marina Della Negra, infectologista e diretora médica da MSD para vacinas, doenças infecciosas e cuidados primários no Brasil.
Agora, com a novidade, as equipes médicas terão acesso ao Laura Stewardship Powered by MSD de forma digital por um aplicativo de celular. O sistema conta com inteligência artificial, para medir e sinalizar a piora clínica dos pacientes e disponibiliza alertas com os exames de cultura, histórico de medicamentos e listas de antibióticos sensíveis ou resistentes à uma determinada bactéria.
Já as equipes do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar poderão utilizar a ferramenta para ter acesso a padrões de consumo de antimicrobianos e perfil de sensibilidade compilado da instituição em tempo real.
“Com o Laura Stewardship Powered by MSD, os hospitais poderão aumentar as taxas de produtividade e acertos em tratamentos terapêuticos empíricos, otimizar recursos e combater um silencioso, mas muito perigoso vilão: a resistência bacteriana”, finaliza Dr. Hugo Morales, cofundador da Laura.