Fundação São Francisco Xavier contrata primeira colaboradora surda

A nova colaboradora Luiza Andrade Lage e o intérprete Thiago Cabral

Incluir, combater o preconceito e reconhecer a igualdade entre as pessoas é uma atitude que faz parte da postura ética adotada pela Fundação São Francisco Xavier, que neste mês de junho realizou a contratação da primeira colaboradora deficiente auditiva da Instituição. A integração da nova colaboradora contou com o apoio de dois intérpretes de libras do Instituto Usiminas, que se revezaram durante as apresentações do dia.

Luiza Andrade Lage, de 27 anos, foi contratada na função de Auxiliar Administrativa. Mesmo já estando no mercado de trabalho há alguns anos, ela destaca as dificuldades para as pessoas com deficiência auditiva conseguirem trabalho, ainda mais com a pandemia do novo Coronavírus. “Em decorrência da pandemia, todos enfrentamos dificuldades e, para as pessoas surdas, uma grande barreira é a comunicação, que com o uso de máscaras se tornou um agravante a mais. Contudo, sabemos que podemos superar as barreiras. A mensagem que deixo é de perseverança. Insistam, persistam e não desanimem. É só pensarmos positivo que tudo vai se realizar. Todos somos inteligentes e capazes”, disse.

A nova colaboradora ainda acrescenta: “Aqui, na Fundação será uma nova experiência para minha carreira. Quando trabalho, me sinto amada. Espero que, assim como aconteceu comigo, outras pessoas surdas tenham a oportunidade de trabalhar”, relata Luiza.

Muito além de cumprir a lei

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho tem crescido nos últimos anos, pois cada vez mais as empresas têm reconhecido que valorizar a diversidade é fundamental. Para a inclusão de pessoas com deficiência, existe uma legislação brasileira que estabelece que empresas com número superior a 100 funcionários devem contratar um percentual de pessoas com deficiência em conformidade com o número total de empregados.

A Gerente de Desenvolvimento Organizacional e Gestão de Pessoas da Fundação São Francisco Xavier, Érica De Cássia Barbosa Marques, entende que é preciso ir muito além das cotas legais para promover a diversidade e inclusão. “A contratação da Luiza é mais um exemplo de como cuidamos desse processo, desde a seleção do profissional até a sua integração, assegurando que nessa jornada o novo colaborador seja acolhido, respeitado e tenha as diferenças valorizadas para que possa exercer todo o seu potencial e tenha oportunidade para se desenvolver”, comenta.

Redação

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