O Hospital Alvorada Moema, Rede Americas, ganhou em primeiro lugar, na categoria experimental, o prêmio concedido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), durante o 42º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão (5 de agosto). A instituição, reconhecida pelas melhores práticas realizadas em sua linha de cuidado ortopédico, se destacou com o trabalho científico sobre uma nova técnica de tratamento percutâneo do dedo de gatilho – tenossinovite estenosante, inflamação do tendão responsável por dobrar o dedo. “Ficamos felizes com essa conquista, e em fazer parte do seleto grupo de instituições que trabalha a favor da pesquisa e desenvolvimento em saúde no país. Seguimos na busca por avanços para a excelência de nossos serviços médicos assistenciais”, comemora Marcelo Sartori, diretor da unidade.
Durante o evento, os trabalhos científicos da área de cirurgião da mão foram apresentados por universidades e serviços de saúde de todo o Brasil, e posteriormente, discutidos e avaliados por uma banca médica julgadora, de acordo com os avanços realizados na especialidade.
De acordo com João Carlos Belloti, chefe da Cirurgia da Mão do Alvorada Moema, e responsável pelo estudo, que contou com a participação de sete médicos, entre residentes e preceptores (professor ou docente-clínico), trata-se de uma nova técnica que utiliza uma mínima incisão para o tratamento do “dedo de gatilho”, visando um melhor resultado com recuperação mais rápida, e menos complicações para o seu tratamento pós cirúrgico. “É uma satisfação receber esse selo de qualidade do serviço em âmbito nacional. Este prêmio reflete a excelência do método adotado de cirurgia de mão na instituição e a qualificação de nossos profissionais”, destaca o médico especialista, que também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão.
Cirurgias da mão e expertise Alvorada
Referência em alta complexidade da Rede Americas, o hospital realizou 2.140 procedimentos cirúrgicos da mão em 2021, uma média de 198 por mês. No primeiro semestre deste ano foram realizadas 1.122 cirurgias dessa especialidade. Na área de educação, a unidade possui o Programa de Residência Médica em Cirurgia da Mão desde 2014. Com duração de dois anos, a modalidade de ensino pós-graduação da instituição já formou 11 cirurgiões e quatro estão com curso em andamento. Este ano, foi iniciada a primeira turma de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia, especialidade que conta com a tecnologia da cirurgia robótica para a realização da artroplastia de joelho e quadril.
No hospital, são realizados diversos tratamentos cirúrgicos em Cirurgia da Mão para tratamentos de pacientes com doenças crônicas que acometem a mão e o punho. Tais como: síndrome do túnel do carpo, tendinites, artroses, cistos e doenças dos nervos, além de vítimas de acidentes, com fraturas, desde casos simples, como ferimentos e lesões, até os mais complexos como lesões por esmagamento do membro e amputações. ”Além disso, no Alvorada realizamos cirurgias de alta complexidade como os reimplante de dedos, de mão e de todo antebraço com alto índice de sucesso. Toda essa gama de serviços aliada ao uso de equipamentos de alta tecnologia, equipes qualificadas e excelência no atendimento nos torna um centro de referência nacional em Ortopedia e Traumatologia e Cirurgia da Mão”, afirma Dr. Belloti.
Incidência da doença na população brasileira
O especialista explica que os sintomas iniciais da tenossinovite estenosante dos flexores, conhecida como dedo de gatilho, são a dor nas mãos, o que pode induzir ao movimento restrito dos dígitos afetados, edema (inchaço), desconforto e incapacidade de mover o membro. O paciente com essa condição pode ter o bloqueio dos movimentos de deslizamento dos tendões flexores durante a curvatura e a extensão do dedo. Em casos mais graves, o dedo pode permanecer em posição de flexão.
Segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Ortopedia (2021), do qual o Dr. Belloti foi um dos participantes, na população geral, o dedo de gatilho apresenta uma incidência anual de 28 por 100 mil habitantes. Somente na cidade de São Paulo, teremos cerca de quatro mil casos por ano. Informa ainda, que entre adultos, as mulheres entre 50 e 60 anos representam a população mais afetada pelo dedo de gatilho.
