O período de internação em um hospital pode ser longo. E quando o paciente fica muito tempo acamado pode surgir as chamadas lesões por pressão, que são danos localizados na pele e/ou tecidos subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão isolada ou combinada com forças de cisalhamento e/ou fricção. Pensando na segurança, conforto e proteção dos pacientes, a equipe do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa), desenvolveu a fabricação de coxins hospitalares, também conhecidos como posicionadores anti-escaras.
Por meio da coordenação de Enfermagem e Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), enfermeiros e técnicos de enfermagem participaram de uma oficina, realizada no dia 8 de novembro, no auditório do Heapa, para aprenderem como elaborar tipos de coxins, a partir da utilização de ataduras de crepom e algodão ortopédico. “O principal objetivo é minimizar riscos e danos aos nossos pacientes, pensando no bem-estar deles. Além disso, esta é uma excelente alternativa para garantir uma sustentabilidade econômica efetiva no Heapa”, reforçou a diretora geral da unidade, Flávia Rosemberg.
Os novos coxins serão utilizados por pacientes lotados em todas as áreas, do Pronto Atendimento a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, sendo que cada equipe setorial será a responsável pela produção dos seus coxins. “Cada paciente terá sua necessidade atendida e então caberá aos profissionais solicitar os insumos e preparar o coxim de acordo com o que ele precisa, com o objetivo de promover mais conforto e proteção, além de evitar as lesões por pressão”, disse a coordenadora do NSP, Renatha Rodrigues.
Adaptação – De fácil manuseio, cada profissional da enfermagem aprendeu, na prática, a fazer três tamanhos de coxins, para serem utilizados nas áreas da cabeça, tórax, pelve, pernas e pés. “Antes, utilizávamos também lençóis e cobertores, além de coxins específicos. Esses coxins serão bem mais práticos de produzir e utilizar no paciente, que geralmente fica numa mesma posição devido o seu tratamento clínico”, disse o enfermeiro responsável pela UTI Adulto, Maurício Alves. Os coxins produzidos são de utilização única e exclusiva de cada paciente, sendo descartados após sua utilização no período terapêutico.