No dia 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data determinada em lembrança ao caso da menina Araceli Crespo, de oito anos de idade, que foi sequestrada, violentada e assassinada na década de 70 no Espírito Santo.
A violência atinge diariamente crianças e adolescentes em todas as classes sociais, em várias idades e de diferentes formas. Dentre elas, o abuso e exploração exploração sexual, considerados como violação dos direitos humanos fundamentais e um grande problema de saúde pública.
Em Goiás, as vítimas de violência e exploração sexual encontram no Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), de Goiânia (GO), o atendimento e acolhimento do Ambulatório de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (AAVVS). Composto por psicólogos, assistentes sociais, médicos ginecologistas e obstetras, pediatras e enfermeiros, o atendimento é feito em um ambiente humanizado, e são oferecidos exames físicos, profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis, anticoncepção de emergência, além de atendimento psicológico e orientações legais.
A médica ginecologista e obstetra do HMI, Daniella Nasciutti, explica que os profissionais responsáveis pelo atendimento realizado pelo AAVVS da unidade são especialistas para atender as vítimas de agressão sexual. “O ambulatório não só oferece acolhimento ao paciente infanto-juvenil, mas também para mulheres e homens vítimas de violência sexual que procuram o atendimento do hospital, ou são encaminhadas por unidades básicas de saúde, conselhos tutelares, delegacias ou pelo Ministério Público”.
De acordo com os dados do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Materno-Infantil, entre os meses de janeiro a abril de 2021 o hospital notificou 200 casos de menores de 18 anos que sofreram algum tipo de violência. O abuso pode ocasionar diversas consequências que afetam a vítima até na sua vida adulta. “Por isso é de muita importância mobilizar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescente. Em caso de violência sexual, sempre procurar a unidade de saúde mais próxima para cuidar da saúde da vítima, evitando o risco de infecções sexualmente transmissíveis, gestação, além de obter apoio psicológico e social”, destaca a médica.
Denuncie
Havendo suspeita de um possível crime de violência ou abuso sexual denuncie pelo canal Disque 100. As denúncias também podem ser feitas na Polícia Militar, por meio do número 190, e para a Polícia Rodoviária Federal, pelo número 191. O AAVVS do HMI funciona das 7h às 13h, de segunda a sexta-feira. Para contato, o número é (62) 3956-2954.