O Hospital HSANP, localizado no bairro de Santana, em São Paulo (SP), acaba de receber a certificação “Nível 2 – Acreditado Pleno” da Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma das mais importantes para as instituições da área de saúde no país. O selo reconhece as melhores práticas de qualidade e segurança e reforça o compromisso do hospital de ser referência no atendimento à população da Zona Norte da capital paulista.
Segundo dados a ONA, apenas 39 hospitais do estado de São Paulo contam com a certificação Nível 2, fato que torna ainda mais relevante a conquista do HSANP. “Esse reconhecimento é motivo de grande orgulho para a nossa instituição, pois é resultado de um esforço diário, um trabalho minucioso que envolve todos os 850 colaboradores e cada processo interno ligado à qualidade do serviço prestado”, afirma o Dr. Ulisses dos Santos, Diretor Técnico do HSANP.
O médico destaca que ser um hospital referência para a Zona Norte de São Paulo é a Missão da instituição e que os grandes beneficiados com a busca pela excelência do HSANP são os pacientes. “Os cerca de 12 mil pacientes que chegam ao HSANP todos os meses recebem um atendimento de altíssimo padrão, com equipe integrada, equipamentos de tecnologia avançada e leitos preparados para as mais diversas situações clínicas”, acrescenta.
O que foi feito para conquistar a ONA Nível 2
Para conquistar a certificação “Nível 2 – Acreditação Plena”, o HSANP teve como grande objetivo atingir os padrões recomendados no Manual para Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde – OPSS (Versão 2022 – 2025) e também seguir as diretrizes da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004 e o Programa Nacional de Segurança do Paciente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Essas diretrizes são chamadas de Metas Internacionais de Segurança do Paciente e exigem a aplicação de um conjunto de medidas para prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de saúde – eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou que resultaram em dano desnecessário para o paciente, como, por exemplo, queda de paciente da cama, aplicação errada de medicamentos e falhas durante a cirurgia.
As seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente são: Identificação do paciente, com nome completo e data de nascimento, assegurando que ele será destinado a determinado tipo de procedimento ou tratamento e prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o possam lesar; comunicação efetiva, tanto entre colaboradores quanto dos colaboradores com os pacientes; medicação segura, envolvendo toda a cadeia medicamentosa que vai desde a compra e o armazenamento até a aplicação e seu efeitos; cirurgia segura, garantindo que tudo ocorrerá dentro dos padrões de conformidade e segurança, antes, durante e após os procedimentos; lavagem de mãos, obrigatória em todos os momentos relacionados à prestação de cuidados para impedir a transmissão de doenças; e prevenção de lesão de pele e queda dos pacientes internados, considerando que muitos ficam acamados e podem ser acometidos por lesões ou estar sob efeito de medicamentos ou fragilizados pela própria patologia
“Cumprir essas seis metas é algo que exigiu – e ainda exige – a criação de métricas capazes de avaliar os processos internos. Para que isso fosse possível, criamos 1.600 indicadores e estabelecemos 850 documentos publicados e subdivididos em protocolos e procedimentos, com o objetivo de gerenciar os riscos relacionados a assistência, eliminar equívocos e propagar os acertos. Também trabalhamos com um sistema interno de notificação de incidentes, em que temos uma média de 300 notificações por mês. Atuamos com grande foco na prevenção de qualquer possível dano”, pontua Tatiana Lima, Gerente da Qualidade do HSANP.
Como exemplo, a especialista cita estudos que demonstram que erros de identificação do paciente podem ocorrer desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases do diagnóstico e do tratamento. Alguns fatores podem potencializar os riscos na identificação do paciente, como o estado de consciência do paciente e as mudanças de leito, setor ou profissional dentro da instituição.
Entre 2003 e 2005, o The United Kingdom National Patient Safety Agency apresentou 236 incidentes relacionados a pulseiras com informações incorretas. A má identificação do paciente foi citada em mais de 100 análises de causa raiz realizadas pelo The United States Department of Veterans Affairs (VA) National Center for Patient Safety, entre 2000 e 2003 (1).
Anualmente, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos são transfundidos com sangue destinados a outros pacientes e aproximadamente 3% desses pacientes evoluem para óbito. Em cada 1.000 pacientes que recebem transfusões de sangue ou de hemocomponentes, um indivíduo recebe o que deveria ser destinado a outra pessoa. Em dois terços dos casos, o motivo é a identificação errada da bolsa.
“Identificar corretamente um paciente vai muito além da indicação do tratamento pelo médico, que obviamente é fundamental. Esse processo envolve o recepcionista que faz o cadastro, a enfermagem que administra a medicação, o nutricionista que define a dieta, o copeiro que serve a alimentação, entre tantos outros profissionais. Por isso, podemos dizer que as nossas áreas trabalham com foco na integração e na interação. Sem essa sintonia, jamais conseguiríamos o resultado que já alcançamos”.
Um outro exemplo de melhoria metrificado pelo HSANP está relacionado ao gerenciamento de alguns protocolos. “Conseguimos garantir que uma pessoa com Dor Torácica ao chegar no pronto-socorro seja submetida, em até 10 minutos, ao exame de eletrocardiograma, para saber se está sob risco de infarto. Outro resultado importante está relacionado aos pacientes com suspeita de Sepse, que, graças aos protocolos, são medicados com antibiótico em até uma hora, conforme os padrões definidos em 2022 pelo Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS)”, finaliza Tatiana.