A qualidade da estrutura, da assistência e do tratamento de AVC (Acidente Vascular Cerebral) do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), foi reconhecida internacionalmente. O Serviço de Neurologia e Neurocirurgia recebeu neste mês de agosto o selo internacional de Centro de AVC Avançado. A distinção é conferida pelo World Stroke Organization – WSO (Organização Mundial do AVC), junto à Sociedade Ibero-Americana de Doenças Cerebrovasculares (SIECV), a hospitais da América Latina.
O certificado foi entregue durante a segunda edição do evento Global Stroke Alliance, em São Paulo, e é válido por dois anos. Segundo a chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, Sheila Martins, a instituição está sempre investindo e qualificando a área para o que há de melhor no tratamento de pacientes com AVC. “O Hospital Moinhos de Vento possui protocolos seguros e ágeis para o atendimento desses pacientes e que garantem desfechos clínicos excelentes, com redução da mortalidade e da incapacidade. Além disso, contamos com uma equipe multidisciplinar comprometida e treinada para alcançarmos todos os resultados positivos”, afirmou o superintendente médico, Luiz Antonio Nasi, lembrando ainda que a instituição possui, além da unidade específica para tratar o AVC, uma UTI focada na Neurologia.
A certificação dos centros de AVC é baseada no Roadmap da WSO para qualidade do cuidado com o AVC. Entre os critérios analisados estão os protocolos para avaliação e diagnóstico rápidos de pacientes com AVC; acesso a serviços básicos e equipe multidisciplinar; ter disponível o tratamento trombolítico do AVC (medicação endovenosa para desobstrução da circulação cerebral nos casos de AVC isquêmico até 4,5 horas do início dos sintomas); ter neurologista com experiência em AVC; dispor de neurocirurgia para casos hemorrágicos; e trombectomia mecânica, tratamento por cateterismo para os casos de AVCs mais graves.
O coordenador assistencial do serviço de emergência do Hospital Moinhos de Vento, Sidiclei Machado Carvalho, destacou que pacientes que tiveram AVC isquêmico receberam diagnóstico e assistência desde a chegada na emergência até receber o primeiro tratamento para a trombólise, em torno de 50 minutos (média anual). “São resultados que conseguimos nos comparar com os melhores centros de AVC do mundo. E essa certificação nos dá mais possibilidade para revisar todos os protocolos que temos e melhorar ainda mais os diagnósticos e recursos terapêuticos para esse atendimento e tratamento”, afirmou.