No mês em que é celebrado o Dia do Cardiologista (14 de agosto), o Hospital Pró-Cardíaco, da Rede Americas no Rio de Janeiro, acaba de ter um trabalho aprovado para apresentar no Congresso Mundial de Cardiologia, em outubro. Trata-se do uso da cintilografia com células marcadas com material nuclear, utilizado para o diagnóstico da endocardite, uma infecção que acomete as válvulas do coração que, apesar de não ser tão frequente na população do país (de 1,5 a 15 casos, a cada 100 mil habitantes), tem uma taxa total alta de mortalidade (25%), 30% já no primeiro ano da doença, acometendo principalmente a população que já possui alguma prótese valvar cardíaca ou dispositivo, como marca-passo.
O médico Rafael Coutinho, responsável pelo estudo, explica que o método pode auxiliar diversos pacientes, que apresentem sintomas como febre de origem obscura, de causas indeterminadas, que podem ser indício da doença, que não é vista em um exame de ecocardiograma em alguns casos, por exemplo. “O resultado desse trabalho aponta para o potencial do uso de recursos avançados como a cintilografia com leucócitos marcados. O caso é um excelente ilustrador da força que as técnicas nucleares pode ter nesta situação”, observa.