No dia 21 de maio, o Hospital São Rafael, de Salvador (BA), realizou procedimento pioneiro. Trata-se do primeiro implante com a prótese Sapien 3 de menor tamanho (20mm) na América Latina. Este procedimento, conhecido como TAVI – Transcatheter Aortic Valve Implantation – é uma modalidade de tratamento para a doença estenótica da válvula cardíaca aórtica, destinada, sobretudo, aos pacientes idosos com elevado risco cirúrgico, por ser menos invasiva e se associar a menor morbidade em comparação à cirurgia cardíaca (tratamento padrão).
O implante foi um sucesso. O paciente apresentou boa evolução após o procedimento, recebendo alta da UTI em 24 horas e alta hospitalar em 72 horas. De acordo com a avaliação multidisciplinar, o paciente foi considerado de alto risco para o tratamento cirúrgico convencional, sendo por isso indicado o implante transcateter de bioprótese aórtica.
“Esse é o terceiro procedimento TAVI realizado este ano, sendo adotada em todos uma estratégia menos invasiva, com anestesia local e sedação consciente, além da individualização do cuidado pós-operatório para recuperação precoce. Entendemos que a interação e trabalho em equipe são fundamentais para o sucesso de procedimentos de alta complexidade, como o TAVI. Portanto, agradecemos as equipes da Cardiologia Clínica e Intervencionista (coordenadas pela cardiologista Márcia Noya), Cirurgia Cardíaca, Anestesiologia, Radiologia, Ecocardiografia, Unidade de Terapia Intensiva, Fisioterapia e Enfermagem envolvidas nesses procedimentos”, detalhou o cardiologista intervencionista do HSR e responsável pelo procedimento, Dr. Cristiano Guedes.
Pioneirismo
“A prótese expansível por balão, de menor tamanho, chegou recentemente ao Brasil, beneficiando pacientes com estenose aórtica grave e ânulos aórticos menores. O tamanho e o tipo da prótese a ser utilizada dependem das características anatômicas de cada paciente, as quais são previamente avaliadas por angiotomografia dedicada, também realizada no Hospital São Rafael. A prótese pode ser autoexpansível (ex: Evolut R – Medtronic) ou balão-expansível (ex: Edwards – Sapien 3)”, explicou o cardiologista intervencionista, Dr. Cristiano Guedes.
O especialista realizou o procedimento juntamente com os médicos cardiologistas intervencionistas do HSR e do Hospital Sírio-Libanês, Carlos Vinícius Espírito Santo e Henrique Ribeiro, respectivamente; Macius Pontes, anestesiologista do HSR; Carolina Esteves, Ecocardiografista do HSR; e equipe de Enfermagem da Hemodinâmica do HSR, representada por Hiram Scala e Iracy Mattos.