O InovaHC, hub de healthtech do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP), venceu, no dia 15 de dezembro, a categoria Inovação em Medicina Social da 4º edição do Prêmio Dasa de Inovação Médica com Veja Saúde. A iniciativa contemplada foi o software Automação e Inovação em Assistência Farmacêutica – Automação do processo de aquisição e distribuição de medicamentos e produtos par a saúde pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS), desenvolvido pelo Instituto de Radiologia (InRad) em parceria com a Escola Politécnica (Poli/USP).
Trata-se de um sistema automatizado para não deixar faltar remédios nos postos e unidades do SUS. Para tanto, os pesquisadores criaram um programa baseado em algoritmos de inteligência artificial (IA) com o objetivo de suporte às decisões a respeito da programação, aquisição e distribuição de medicamentos. “Ficamos contentes com o reconhecimento do InovaHC, que pelo terceiro ano consecutivo venceu o Prêmio Dasa de Inovação Médica com Veja Saúde”, afirma o professor Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do InRad e presidente da Comissão de Inovação do HC/FMUSP. “O software cumpre o papel do InovaHC, isto é, inovar com tecnologia em prol da saúde do país”, completa.
Entre as vantagens da aplicação da IA estão a redução dos riscos de desabastecimento e redução das compras emergenciais ocasionadas por eventuais falhas na programação e falta de estoque. Isso porque, por meio da análise preditiva, a IA consegue prever as demandas de forma mais efetiva, pois “sabe” a probabilidade de cada um dos fatores interferirem no processo logístico, sendo possível preparar os diferentes envolvidos na cadeia sobre prováveis ocorrências não desejadas. Também evita desperdícios e fraudes por falta de controle do processo. O projeto foi desenvolvido para a esfera federal, ou seja, pode ser replicado em todos os níveis do SUS.
InRad
O Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é um centro de excelência em pesquisa, diagnóstico e terapias por imagem. Também é responsável pela produção farmacêutica de itens utilizados diariamente para pesquisas clínicas e, ainda, de produtos usados na rotina clínica e fármacos produzidos no setor de medicina nuclear onde fica o cíclotron, acelerador de partículas que produz a fórmula radioativa de glicose FDG (Fluorodesoxiglicose) usados em exames PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons). Durante o processo, se o paciente tiver uma célula cancerígena ela fica reluzente.
Além disso, o InRad conquistou a classificação de melhor centro de medicina nuclear do mundo pela Agência Internacional de Energia Atômica. Por ano, passam pelo InRad 215 mil pacientes. Nos últimos quatro anos, foram realizados mais de 1,5 milhão de exames, entre ultrassonografia, radiologia geral, tomografia computadorizada, ressonância magnética, medicina nuclear e mamografia. No instituto são 82 equipamentos de radiologia de última geração para realizar mais de 300 mil exames por mês, 25 mil só de raios X.