O Instituto Projeto Cura realiza na sexta-feira (16) a 4ª a edição do Cura Meetings, uma reunião que tem como objetivo abrir uma discussão com representantes de diferentes setores da saúde e ampliar o acesso dos pacientes às pesquisas no Brasil. Com o tema “Ampliando o acesso da população às Pesquisas Clínicas”, o evento, online e gratuito, conta com o apoio do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e do Instituto ÉTICA – Pesquisa e Ensino.
O Cura Meetings já faz parte do calendário de ações do Instituto Projeto Cura, tendo já colocado na sua mesa de debates múltiplos atores relevantes e envolvidos no cenário, como comunidade médica, investigadores, associações de pacientes, indústria farmacêutica, poder público (Ministério da Saúde), comunidade médica, representantes de centros de pesquisa clínica e CROs.
Segundo Fernanda Schwyter, Presidente do Instituto Projeto Cura: “O Cura Meetings faz parte das ações de mobilização de maneira direta ou indireta para apoio à causa que o Instituto Projeto Cura trabalha diariamente. O resultado esperado é o engajamento da sociedade em prol do financiamento dos estudos clínicos/acadêmicos promovendo o melhor tratamento dos pacientes, especialmente do câncer”.
Com as presenças de aproximadamente quarenta autoridades, médicos e membros da sociedade civil, o 4º Cura Meetings divulga a sua programação. Confira:
PROGRAMAÇÃO 4º CURA MEETINGS – 16 de Junho de 2023
TEMA: Ampliando o acesso da população às Pesquisas Clínicas
14 às 14h15 – Abertura
14h15 às 14h30 – 1ª Conferência: A saúde no Brasil e no Mundo e o impacto da Pesquisa Clínica na evolução dos sistemas de saúde – Dr. Nelson Teich – Médico Oncologista e Mestre em Economia da Saúde
14h30 às 14h45 – 2ª Conferência: Indústria Farmacêutica: o Brasil no contexto mundial – André Gomes – Head of Clinical Operation Bristol
14h45 às 15h – 3ª Conferência: Os desafios das pesquisas clínicas acadêmicas no Brasil – Dra Andreia Melo – Chefe de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional do Câncer – INCA
15h às 15h15 – Intervalo
15h15 às 16h45 – Debate – Debatedores confirmados:
Sra. Fernanda Schwyter – Presidente do Instituto Projeto Cura
Sra. Lais Bonilha – Coordenadora da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP
Sr. Claudiosvam Martins Alves de Sousa – Coordenador de Pesquisa Clínica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
Dr. Gustavo Werutsky – Chair Latin American Cooperative Oncology Group – Lacog
Sr. Fábio Fedozzi – Diretor Executivo da ABRALE/TJCC
Dr. Roberto Jun Arai – Diretor Associado da Astrazeneca – Departamento de R&D
Dr. Rodrigo Munhoz – Médico Oncologista Hospital Sírio Libanês
Sr. Paulo Fernandes – Diretor -Presidente da Abracro – Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica e CEO Sail for Health
Sr. Fernando Francisco – Gerente Executivo da Abracro – Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica
Dra. Analluza Bolivar Dellari – Doutora e Mestre em Direito da Pesquisa Clínica
Dra. Heloisa Resende – Médica Oncologista/Membro Comitê Científico do Cura
Dr. José Márcio Barros Figueiredo – Médico Oncologista/Membro do Comitê Científico do Cura
16h45 às 17h – Considerações Finais e Encerramento
O 4º Cura Meetings contará com um formato presencial para convidados e será transmitido de forma online, a fim de ampliar o conhecimento e divulgação deste tema tão importante. Para ter acesso a de transmissão, o público deverá fazer a sua inscrição online e gratuita, através do link: www.sympla.com.br/evento-online/4-cura-meetings/1968395 e preencher o formulário. Após isso, o inscritos receberão as informações para acompanhar o evento, de onde estiverem.
Pesquisas Clínicas Oncológicas
Conforme Estimativa 2023 sobre a Incidência de Câncer no Brasil divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, a expectativa é que ocorrerão 704 mil casos novos de câncer no Brasil por ano do triênio de 2023 a 2025.
Mediante este cenário, as pesquisas científicas se fazem não só necessárias como urgentes, porém, para se ter ideia, apenas 2,3% dos estudos mundiais são desenvolvidos no Brasil, e o tempo médio para aprovação de estudos clínicos no país é de 215 dias, muito superior a países como Argentina (113 dias), México (86 dias) e Estados Unidos (apenas 32 dias). São encontradas ainda barreiras para a instituição destas pesquisas no Brasil, principalmente no tocante a restrições burocráticas, múltiplas instâncias de aprovação governamental, imprevisibilidade do cronograma de aprovação do estudo, fontes de financiamento restritas, falta de interesse público e conscientização dos pacientes.
Sendo assim, para que novos medicamentos e aperfeiçoamento de protocolos para diagnósticos, exames e tratamento de câncer possam estar disponíveis no mercado para a população, são necessárias várias etapas até a obtenção dos registros destes produtos ou procedimentos. Este registro só é possível após as várias fases de comprovação de eficácia e segurança do medicamento ou procedimento. Esta comprovação se dá em ensaios de pesquisa, desde a pesquisa básica até a pesquisa clínica, envolvendo seres humanos.