Inteligência artificial pode ser usada para diagnosticar Parkinson

A enfermidade conhecida popularmente como Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos, provocando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.

Uma pesquisa publicada em outubro de 2022, na revista Gait & Posture, mostrou que algoritmos de aprendizado de máquina podem auxiliar na identificação dos casos de Parkinson por meio da análise de parâmetros espaço-temporais do andar da pessoa. Cientistas do Laboratório de Pesquisa do Movimento Humano (Movi-Lab), sediado no campus de Bauru da Unesp (Universidade Estadual Paulista), usaram inteligência artificial para ajudar no diagnóstico e na identificação do estágio da doença.

Para Lucas Cruz, neurologista do Hospital Anchieta, de Taguatinga (DF), do grupo Kora Saúde, tais tecnologias podem ser usadas futuramente para diagnóstico precoce e auxílio em pesquisas de novos tratamentos. “A doença de Parkinson afeta milhões de brasileiros e gera muitas dificuldades para os pacientes. O sinal principal é chamado de bradicinesia, que significa lentidão para realização de movimentos. Outras características que acompanham a doença são o tremor em repouso, a rigidez e a instabilidade postural”, detalha o neurologista.

Tratamento

O médico explica que, mesmo ainda não tendo cura e por ser uma doença que provoca a falta do neurotransmissor da dopamina, o uso de medicação é a forma mais utilizada para o controle dos sintomas. Segundo ele, o uso de medicação pode controlar os sintomas por vários anos.

“O tratamento envolve medicamentos que aumentam a quantidade da substância nas transmissões entre os neurônios. Em casos específicos, também há a cirurgia com implante de eletrodo profundo que estimula determinadas regiões do cérebro”, detalha o neurologista.

Já o fisioterapeuta Hidemi Kishimoto, da Fisio Anchieta, explica que a fisioterapia também tem um papel fundamental no tratamento dos pacientes, pois busca diminuir a disfunção física e permitir ao indivíduo realizar atividades do dia a dia com a maior eficiência e independência possível.

“De forma geral, a fisioterapia irá atuar fortemente nos movimentos e na mobilidade do paciente, com objetivo de recuperar ou manter sua capacidade física e funcional. Atuamos também para prevenir quedas e complicações que podem ser geradas pelo imobilismo, já que esses pacientes têm uma tendência ao isolamento social e inatividade”, pontua o fisioterapeuta.

Hospital Anchieta

O Hospital Anchieta – Taguatinga pertence ao grupo Kora Saúde, um dos maiores grupos hospitalares do país, e está entre os 50 melhores hospitais do Brasil. O Anchieta ganhou destaque pelo atendimento integrado com serviços ambulatoriais para o cuidado com a saúde da mulher e de pacientes neurológicos e oncológicos. O hospital conta com mais de 20 especialidades médicas e atendimento emergencial 24h por dia.

Redação

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