Após salvar mais de 8 mil vidas e reduzir em 43% a taxa de superlotação de 128 hospitais públicos e filantrópicos de todo o Brasil, o projeto Lean nas Emergências anuncia o início do 6º ciclo com expansão das atividades: até o final de 2023, serão contempladas mais 160 instituições dos 26 estados, além do Distrito Federal. A expectativa é aumentar em quase 18 mil atendimentos por mês pelo Pronto Atendimento, evitando mais de 2,2 mil mortes. O Hospital Moinhos de Vento e o BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo passam a ser parceiros da iniciativa, junto ao Sírio-Libanês, responsável pela condução do projeto desde 2017. A nova etapa prevê a implementação de mais quatro ciclos
O Lean nas Emergências faz parte das ações do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, e tem o objetivo de reduzir os riscos à saúde de pacientes e profissionais do setor em unidades hospitalares que enfrentam superlotação, além de aumentar a oferta de serviços através da otimização dos fluxos de atendimento. As instituições participantes são selecionadas pelo Ministério da Saúde junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), e são acompanhadas por um período de seis meses de forma presencial e mais 12 meses de forma remota.
De acordo com Daniela Cristina dos Santos, Consultora Técnica de Projetos de Gestão do Hospital Moinhos de Vento, “enquanto projeto colaborativo, a iniciativa possibilita a ampliação do acesso das instituições pertencentes ao SUS e atuação dos três hospitais de excelência de forma conjunta, agregando ainda mais valor”. Para Maria Alice Rocha, diretora executiva de Pessoas, Experiência do Cliente, Marketing, Sustentabilidade e Impacto Social da BP, “a adesão das duas instituições ao projeto beneficiará a saúde pública brasileira, prestando assistência para mais de 80 hospitais, no total, até o final do triênio”.
Segundo o Coordenador Médico do Projeto Lean nas Emergências do Hospital Sírio-Libanês, Rasível dos Reis Santos Júnior, “essa metodologia de gestão, que reúne, além da filosofia Lean, teoria das filas, teoria das restrições, teoria das variabilidades e o Protocolo de Capacidade Plena, os quais vêm ajudando a mitigar os impactos negativos da superlotação nos serviços de urgência e emergência de hospitais públicos e filantrópicos de todo Brasil. O projeto em tela reduz desperdícios de recursos, redesenha processos, segmenta fluxos assistenciais, alinha a demanda com a capacidade do serviço e, com isso, corrobora com a redução de mortes, complicações e sofrimentos evitáveis”.
Principais resultados – Resultado Global
Desde o início do projeto, houve uma diminuição média de 43% na superlotação (NEDOCS) – entre esse total, pacientes internados reduziram em 19% o tempo de permanência no hospital e pacientes que passaram por serviços de urgência, que não precisaram ser internados, reduziram em 51%. Com base nesses dados, a estimativa é que o projeto viabilize o aumento de quase 48 mil atendimentos por mês pelo pronto atendimento, evitando mais de 8,3 mil mortes.
Números de destaque entre 2017 e 2021*:
- Número de leitos dos hospitais participantes: 25.781;
- Número de vagas de internação cedidas mensalmente:13.202;
- Projeção de aumento nos atendimentos mensais no PS: 48.094;
- Projeção teórica de vidas impactadas: 8.292;
- Número de profissionais capacitados durante as visitas: 1.740;
- Número de profissionais capacitados em treinamentos presenciais ou à distância: 3.722;
- Número de hospitais indicados para participar do projeto: 891;
- Número de acessos à comunidade: 138.766.
Confira a lista completa de hospitais participantes do ciclo 6.
*números referentes à amostra de 97 hospitais.
*Conteúdo produzido em parceria com BCW – Burson Cohn & Wolfe – Assessoria dos Hospitais PROADI-SUS