O Pequeno Príncipe, com sede em Curitiba (PR), completou, em 26 de outubro, aos 104 anos como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, de acordo com um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek. A avaliação que define os “Melhores hospitais especializados do mundo 2024” é realizada por meio de pesquisa com especialistas da área médica e de profissionais e gestores da saúde de mais de 40 países.
A edição atual contempla 250 hospitais que atuam com pediatria no mundo todo. Desses, 16 são brasileiros – 14 do estado de São Paulo, um de Minas Gerais e o Pequeno Príncipe, o único da Região Sul no ranking. A instituição figura pelo terceiro ano consecutivo na listagem e aparece como o 80º hospital, tendo subido sete posições em relação à classificação anterior.
Para o diretor-corporativo do Complexo Pequeno Príncipe, José Álvaro da Silva Carneiro, o reconhecimento internacional em um dos anos mais desafiadores para o Hospital tem um significado ainda mais relevante. “Enfrentamos um dos anos mais difíceis financeiramente. Precisamos destacar o fato de sermos uma instituição filantrópica centenária, que, apesar do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde, colhe ótimos resultados”, afirma.
O maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do Brasil disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e realiza 60% dos atendimentos via SUS. Conta com 361 leitos, 68 de UTI, e em 2022, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de Coronavírus, foram realizados cerca de 250 mil atendimentos e 18 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro.
A diretora-executiva da instituição, Ety Cristina Forte Carneiro, lembra que o Pequeno Príncipe é um hospital único que pensa nas crianças e adolescentes para além da doença. “Se hoje somos o maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é porque, além de uma gestão que busca evoluir constantemente, cada um de nós dá o melhor de si todos os dias. Não por acaso, o aniversário do Pequeno Príncipe é exatamente no mês dedicado às crianças. São elas que nos inspiram a continuar escrevendo essa história diariamente”, diz.
Futuro
Para o futuro, a expectativa é de ampliar o atendimento hoje oferecido à população com a construção do Pequeno Príncipe Norte. A primeira fase da obra de infraestrutura está prevista para começar em janeiro de 2024. A nova unidade, que funcionará no bairro Bacacheri – em espaço cedido pela Associação Eunice Weaver do Paraná (AEW-PR) –, vai somar-se ao atual hospital. O projeto total prevê a construção de dois novos hospitais, sendo um hospital-dia e um de alta complexidade, das sedes da Faculdades Pequeno Príncipe e do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, além de um centro cultural.
O diretor-técnico do Hospital Pequeno Príncipe, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, ressalta as motivações do investimento em conhecimento, inovação, pesquisa e humanização. “Somos uma instituição hospitalar especializada em pediatria, com ênfase em doenças de alta complexidade. Para manter a qualidade na assistência, há necessidade da prática de uma medicina de precisão, seja para o diagnóstico ou para o tratamento. Em nossos valores, além da defesa da ciência, defendemos a equidade, a solidariedade e o humanismo. Neste sentido, investir nas pessoas representa nosso motivo existencial”, declara.
A área já conta com uma biblioteca e com o Jardim das Esculturas, com obras da artista Elizabeth Titton, e com o Memorial das Pioneiras, um espaço que reverencia as mulheres que marcaram a história do Pequeno Príncipe e da AEW-PR. Mais da metade do terreno – cerca de 104 mil metros quadrados – será preservada como bosque, onde também funcionará o Jardim Botânico, local para exposições e ações de educação ambiental.