Nada melhor do que celebrar a vida de um músico com o objeto de sua arte. A música acalenta a alma, faz os corações vibrarem e está presente nas comemorações. Nesta quinta-feira (24), um grupo de músicos da Baixada Santista, fez uma apresentação especial na porta do Hospital de Cubatão (SP), administrado pela Fundação São Francisco Xavier. Ao som do hino de louvor ‘Te Agradeço’ eles embalaram a alta médica do colega músico Alessandro Ribeiro, de 42 anos, mais conhecido como Mexicano. Alessandro passou 17 dias internado no Hospital de Cubatão para tratar de Covid-19.
“Rapidamente conseguimos amigos para fazer a homenagem. Todo mundo queria participar, mas não daria para trazer todos até para não tumultuar o local. Estão aqui amigos dele da Orquestra do Guarujá, da Banda da Polícia Militar e da Banda Sinfônica de Cubatão. Estamos muito felizes em ter proporcionado alegria ao nosso amigo”, contou o cunhado de Alessandro, Jonis Ferreira, que também é músico.
Muito conhecido e querido na região, o músico que toca desde os sete anos de idade, toca na Orquestra Municipal do Guarujá, na Banda Sinfônica de Cubatão, na Banda Marcial e é professor voluntário no projeto social Banda Marcial Infantil. O apelido de Mexicano, ele ganhou na adolescência por causa do bigode que usava e ao instrumento do trompete facilmente associado aos mariachis mexicanos.
Gratidão
Gisélia Gomes dos Santos Ribeiro, esposa de Alessandro, era somente gratidão. “Esse é um momento de agradecer a Deus e à equipe médica que tratou do meu marido e de mim. Fiquei internada antes dele, poucos dias. Mas o caso dele foi bem mais complicado. O Alessandro teve 50% do pulmão comprometido, um derrame e ainda infecção. Tivemos muito acolhimento aqui, muito amor, carinho e dedicação de toda a equipe. A psicóloga fazia a videochamada com meu marido e nossa família em um dia e no outro ele apresentava melhora”.
Emocionado, Jonis Ferreira também fez questão de agradecer ao tratamento recebido no hospital. “Meu cunhado é um milagre. Graças a Deus foi feito de tudo por ele e tenho certeza de que ele recebeu o melhor tratamento possível. Eu estive internado no Hospital de Cubatão em abril do ano passado e até hoje lembro do nome de todas as enfermeiras e técnicos de enfermagem. Tive um tratamento espetacular, muito humanizado mesmo. Cheguei a receber uma carta das enfermeiras e escrevi uma também para elas de agradecimento”, conta.
Para Gisélia, o pior já passou. “Agora é hora de ter calma para a recuperação dele. Meu marido vive da música. Mas tenho a certeza de que Deus está no comando e vai dar tudo certo”, disse.