O Vera Cruz Hospital, de Campinas (SP), realiza nesta quarta-feira (5), Dia Mundial de Higienização das Mãos, uma live, às 19h, com o tema “20 Segundos Salvam Vidas”. A iniciativa, que vai unir a coordenadora médica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Vera Cruz Hospital, Vera Rufeisen, e a comunicadora e produtora de conteúdo digital da rede Campinas com Crianças, Juliana Franco, poderá ser acompanhada pelo perfil do hospital no Instagram: @veracruzcampinas. “A higienização das mãos ganhou força com a campanha divulgada pela mídia de que essa era uma das medidas para prevenir a Covid-19. Só que a prática já era uma medida eficaz para várias outras doenças, dentro ou fora do hospital”, antecipa a médica.
Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lavar as mãos corretamente tem o poder de reduzir em 40% o número de mortes relacionadas à diarreia e em 25% os casos de doenças respiratórias agudas. “Por isso, a recomendação é sempre lavar as mãos quando estiverem visivelmente sujas, antes das refeições, e após, por exemplo, manusear dinheiro, lidar com animais e usar o transporte público”, alerta a especialista.
O Campinas com Crianças é um perfil que nasceu como um grupo no Facebook em 2012, criado com o intuito de compartilhar informações e dividir possíveis dicas e sugestões entre pais de Campinas e região. Com o crescimento, as páginas nas mais diversas redes conversam hoje com 20 mil pais diariamente numa troca constante de informações sobre o universo infantil, materno e familiar. Juliana Franco também é responsável pela página @maedajoana, com 21,6 mil seguidores.
Campanha pioneira se intensificou na pandemia
A especialista coordena também uma campanha interna no Vera Cruz Hospital sobre higiene das mãos. “A saúde de muitas pessoas está sob nossa responsabilidade, portanto, reforçamos no ambiente hospitalar cinco momentos em que, inevitavelmente, o profissional da saúde deve refazer a higienização, como antes e após o contato com o paciente, sempre que qualquer procedimento for realizado, quando existe contato com fluidos corporais e até pós contato com áreas próximas ao paciente. Reforçamos, ainda, o local adequado para a assepsia e damos treinamentos contínuos”, explica a infectologista.
Além disso, segundo ela, os profissionais sempre são lembrados de que as luvas não substituem a higiene das mãos. “Dessa forma, afastamos o risco e cuidamos tanto da equipe quanto do paciente. Esses protocolos já faziam parte da rotina do hospital e eram mensurados e avaliados. Tivemos melhora de até 80% do aproveitamento da oportunidade para higienização das mãos, e ela é a maior medida de prevenção também no ambiente hospitalar. Durante a pandemia, observamos, ainda, que os próprios pacientes, familiares e setores administrativos intensificaram a higiene das mãos”, completa.