O tumor de próstata é câncer mais frequente e comum na população masculina, com exceção dos tumores de pele. Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) apontam que, em 2020, foram diagnosticados 65.840 casos no país. Em 2019, estima-se cerca de 16 mil mortes pela doença. Por se tratar de uma doença silenciosa, que tem mais chances de cura se descoberta precocemente, a SMCC – Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SP) está lançando uma campanha, com vídeo, para alertar os homens sobre a importância dos exames de rotina.
De acordo com o coordenador do Departamento Científico de Urologia da SMCC, o urologista Dr. Wagner Eduardo Matheus, todos os homens com mais de 50 anos devem realizar anualmente o exame de toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico), usado para rastreamento do câncer de próstata em homens assintomáticos. “Se tiver história na família ou for da raça negra, deve começar a fazer esses exames mais cedo, após os 45 anos, por essas serem características de risco para o câncer de próstata”, orienta.
Para ele, a doença é mais comum em homens a partir dos 50 anos de idade e pode ser facilmente detectada nesses exames. “O câncer de próstata não traz sintomas na fase inicial e, na fase adiantada, em que é mais difícil curar, pode trazer sintomas urinários e dores ósseas”, explica.
De acordo com o urologista, a cada sete minutos, é feito um diagnóstico de câncer de próstata no mundo. “A cada 45 minutos, um homem morre dessa doença. E muitos pacientes, quando nos procuram no consultório, em 20% das vezes, já chegam com um quadro mais avançado”, alerta. “O ideal é que o diagnóstico seja realizado de uma forma precoce para um tratamento adequado e curativo’, reforça. “É importante fazer o diagnóstico no momento em que o paciente não sente absolutamente nada”, comenta. Dessa forma, as chances de cura são maiores.
Segundo o urologista, o ideal é que o tratamento comece quando o tumor é localizado ou seja, sem metástases. “O tratamento do câncer de próstata avançou muito nos últimos anos e pode ser feito com cirurgia ou radioterapia. Nas suas formas mais avançadas, podemos também realizar tratamentos, mas a doença já se torna um pouco mais difícil de curar. Nesses casos, podemos fazer cirurgia, radioterapia e até um tratamento de bloqueio hormonal”, comenta.
Confira o vídeo produzido pela SMCC: