De 1º a 6 de novembro, 35 voluntários da ONG paulistana Zoé, um time composto, principalmente, por médicos, enfermeiros, entre outros profissionais, estão em Belterra, no Pará, para realizar cirurgias laparoscópicas e convencionais, colonoscopias, endoscopias digestivas altas e ultrassons. No total, serão realizados no Hospital Municipal de Belterra (HMB) mais de 400 procedimentos médicos (cerca de 50 cirurgias de hérnia e de vesícula, 120 colonoscopias, 150 endoscopias digestivas alta e 80 ultrassonografias de abdômen). Será a primeira vez que a população local terá acesso a cirurgia laparoscópica.
Também estão sendo feitas consultas de clínica médica e de dermatologia. Esta última com foco no diagnóstico de câncer de pele e de lesões pré-malignas. A ação faz parte da 12ª Expedição da Zoé, ONG fundada em São Paulo, em 2019, com o propósito de levar saúde as populações ribeirinhas do Rio Tapajós, no Pará. O trabalho também ajuda a desafogar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) na região, cuja espera para procedimentos que serão realizados pode levar de meses a anos.
O médico cirurgião e colonoscopista Marcelo Averbach, diretor de expedições e um dos fundadores da ONG Zoé, explica que o trabalho no Hospital Municipal de Belterra começou antes do início dos atendimentos. A equipe da Zoé chegou em 29 de outubro, para fazer a triagem dos pacientes e montar os centros cirúrgico e de endoscopia, as salas de ultrassonografias, de consultas de dermatologia e de clínica médica.
Para o médico endoscopista Marco Aurélio D’Assunção, atual presidente e um dos fundadores da ONG Zoé está acontecendo algo muito especial nesta semana em Belterra. “As cirurgias laparoscópicas, endoscopias e colonoscopias estão sendo realizadas em grande número e com segurança, com apoio fundamental dos médicos anestesistas e dos técnicos de enfermagem que cuidam da desinfecção dos equipamentos fornecidos por empresas parceiras. Também é fundamental o apoio da clínica médica na avaliação dos pacientes no pré e pós-operatório”, afirmou. Segundo ele, os pacientes submetidos aos exames de ultrassom que, eventualmente, são diagnosticados com quadros mais graves são encaminhados para o Hospital Regional de Santarém.