“Palavras salvam vidas”: carta escrita por transplantada ganha voz em campanha de conscientização sobre doação de órgãos da Santa Casa de Porto Alegre

Com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância de declarar-se doador de órgãos, e também informar aos familiares esta decisão, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS) lançou nesta quinta-feira (1º) sua tradicional campanha sobre o tema. Neste ano, a iniciativa tem como mote “Palavras salvam vidas. Diga SIM à doação de órgãos” e traz uma carta real escrita por uma transplantada agradecendo a decisão da família em cumprir o desejo do paciente.

Por questões éticas, não é possível que a família do doador e do receptor saibam de quem e para quem o órgão foi doado, por isso essas cartas escritas por transplantados não chegam aos seus destinatários. Como forma de dar visibilidade a essas mensagens de agradecimento, durante todo o mês de setembro, diversos trechos irão ganhar destaque nas redes sociais da Santa Casa. A campanha ainda conta com a participação da atriz Mônica Martelli, protagonista voluntária do projeto, que interpreta uma das cartas no vídeo de lançamento.

“A cada inspiração fico impressionada de quanto ar posso recolher, isso era inimaginável, nem nas minhas melhores fases me senti tão bem como hoje. Estou viva. Obrigada!”, revela trecho de carta escrita por uma das transplantadas em agradecimento a família que disse sim pela doação e salvou sua vida. A campanha integra as atividades do movimento Setembro Verde, mês dedicado ao incentivo do debate sobre a doação e o transplante de órgãos.

Fila de transplantes

De acordo com dados de março de 2022 do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), existem 49.355 adultos e 1.249 crianças em fila de espera por um órgão no país. Dentre as famílias potencialmente doadoras – cujos entes tiveram morte cerebral e preenchiam os requisitos para a doação de órgãos – 46% recusaram a doação no primeiro trimestre de 2022.

Além disso, uma comparação percentual de transplantes realizados nos últimos anos mostra uma importante queda, havendo diminuição nas taxas de doadores (-8,6%) e de transplantes de rim (-13,8%), fígado (-11,5%), coração (-12,5%), pulmão (-25%), pâncreas (-37,5%) e córneas (-7,1%). Esses são números impactantes e uma triste realidade, cenário que demanda ações objetivas da sociedade e o engajamento de todos. As campanhas de causa são extremamente relevantes não somente para a instituição, mas para a sociedade.

Redação

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