O presidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI, Sérgio Rocha, participou do Compliance Across Americas, no Hotel Transamérica, de 12 a 13 de abril, em São Paulo (SP). Ele destacou a relevância do distribuidor na Saúde, que muitas vezes é esquecido ou deixado em segundo plano. “40% de todos os produtos da saúde movimentados no Sistema Único de Saúde (SUS) de janeiro a junho de 2017 foram feitos pelos nossos associados”, informou.
Sérgio Rocha apresentou a Associação lembrando que a ABRAIDI foi a primeira entidade da área da saúde a criar um Código de Conduta, revisado no ano passado, e também idealizou, juntamente com o Instituto Ethos, o Ética Saúde. “Temos promovido cerca de duas dezenas de cursos, eventos e palestras sobre Compliance entre 2013 e 2017”, lembrou.
O presidente fez um contundente discurso, durante o evento, em defesa da transparência nos negócios. “Ética e Compliance deveriam estar intrínsecos na mente das pessoas. Estamos, desde 2015, tentando incutir na cabeça de todos que trabalhar de forma transparente é muito mais sustentável”, disse.
Para o dirigente, o movimento pela Ética tem que ser de todo o setor e ainda não está disseminado nas ações, apenas nos discursos. Sérgio Rocha destacou que em outros segmentos, como os das operadoras de saúde, as ações ainda são muito tímidas nesse sentido. “A visão ainda é que o Compliance é apenas seguir uma série de regras, e não um comportamento de empresas no mercado e individualmente na vida”, defendeu o presidente da ABRAIDI.
Segundo Sérgio Rocha, ainda estamos girando em torno de muita teoria e pouca prática. “Todo mundo diz que faz corretamente, mas quando estamos dentro do mercado sabemos que não é assim. Não existe só um vilão. Muita gente esconde a sujeira pra baixo do tapete. Se não sentarmos todos os atores da cadeia em torno de uma mesa e discutirmos o problema abertamente, não vamos chegar a lugar algum. Há conflito de interesse em todas as áreas. Temos que ter transparência, do contrário não resolveremos”, e completou: “nestes 38 anos, já vivi muitas dificuldades mas nunca como agora. É o momento de virar o jogo e trabalhar pela ética, sem concessões”, concluiu.