Primeiro dia do Seminário UNIDAS reúne nomes importantes na saúde brasileira

Tendo como tema “Por mais integralidade e equidade na saúde”, a 14° edição do Seminário UNIDAS será realizada nos dias 25 e 26 de abril em Brasília. Voltado para gestores de planos de saúde de autogestão e da saúde suplementar, o primeiro dia do evento será marcado por diversas palestras e painéis, entre eles: a mesa redonda que contará com a participação, entre outros, de Paulo Rebello, presidente da ANS, que está otimista em debater o futuro da saúde e as ações que as empresas de saúde podem tomar para tornar o acesso da população à saúde mais fácil.

“Nesse Seminário vamos discutir como tornar acessível à nossa população às novas terapias, como incorporar a tecnologia, inclusive no tratamento de doenças raras, mas de forma sustentável para podermos manter e ampliar a saúde suplementar para mais pessoas. Mesmo porque, esse é um desafio enorme nas autogestões”, diz Anderson Mendes, presidente da UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão Saúde.

No painel “Integração Público-Privada”, o Dr. Paulo Roberto Lopes Corrêa (médico epidemiologista e diretor de promoção à saúde e vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte) espera contribuir com a experiência da SMSA-BH no processo de construção das parcerias entre o setor público e privado para implantação de políticas públicas. “Com a experiência que tivemos durante a pandemia de Covid-19, com enfoque na campanha de vacinação e em outras ações de promoção à saúde destinadas a toda a população, aprendemos muito e é isso que quero dividir: os pontos facilitadores e dificultadores; estratégias para estabelecimento das parcerias; principais resultados alcançados; sustentabilidade do processo e replicabilidade”, conta.

Ainda neste painel, Bruno Pereira – Mestre em Direito, Especialista em concessões e PPPs (parcerias público-privadas), Cofundador da Radar PPP (entre 2014-2022) – irá ser o debatedor. Participando pela primeira vez do Seminário, ele conta que “infelizmente ainda são poucas as PPPs em saúde no país. Minha expectativa é contribuir com o debate sobre a importância de que tenhamos mais PPPs em saúde, apresentar os principais conceitos, desafios, pontos positivos e alguns casos, mesmo porque, não teremos um sistema de saúde público mais eficiente sem que tenhamos mais experiências com PPPs”.

Dr. Martin Bonamino, Pesquisador do INCA e Especialista da FIOCRUZ, participará do painel “Incorporação Sustentável de Tecnologia” e, abordará os desafios de novas tecnologias baseadas em terapia celular e o impacto disruptivo de novas tecnologias como a terapia com células CAR-T. “Este é um caso emblemático dos desafios econômicos impostos pelas novas tecnologias”, comenta.

Dra. Maria Alice Mello Chaves – Médica Auditora na AMAGIS Saúde e Diretora Técnica da Superintendência de Minas Gerais, que participou como ouvinte do Seminário em 2017 e 2019, diz que “o seminário é um momento importante para as autogestões, quando tratamos diretamente do que vem acontecendo no cenário da saúde suplementar e principalmente na ramificação das autogestões. E, desta vez, como representante da UNIDAS, junto ao Comitê de avaliação de incorporação de tecnologia da ANS, farei uma abordagem sob o prisma das operadoras em relação às solicitações e a forma como os diversos itens vem sendo incorporados, mesmo porque estamos em um momento importante para a discussão dessa pauta, pois não acontecem de forma igualitária no sistema público e na saúde suplementar, inclusive no tocante aos valores que são cobrados nas duas pontas”, pondera.

Já a tão esperada apresentação dos trabalhos ganhadores do Prêmio UNIDAS será mediada pelo Vice-presidente da ELOSAÚDE e Conselheiro na UNIDAS, Alexandre José da Silva. “Esse prêmio é muito importante, visto que são reconhecidas autogestões e demais instituições que, através de práticas inovadoras, promovem a qualidade da assistência aos beneficiários de planos de saúde, bem como a sustentabilidade do setor”, diz. Entre os ganhadores está Jaqueline Aparecida da Silva Xavier, gerente de Saúde e Supervisão da Cemig Saúde. “Meu trabalho é sobre a implementação da linha de cuidados paliativos através da metodologia NEWPALEX.

A Organização Mundial da Saúde defende que o cuidado paliativo seja tratado como ‘uma necessidade humanitária urgente’ para pessoas com doenças graves, e estima que todos os anos mais de 40 milhões de pessoas necessitarão de cuidados paliativos em algum momento da vida. O estudo realizado na nossa operadora traz uma reflexão também sobre o custo elevado no último ano de vida dessa pessoa, sem garantia de controle de sintomas ou conforto no momento do óbito.

Diante deste cenário, sensibilizar a comunidade, desmitificar o assunto, promover qualidade de vida ao beneficiário e familiares através de uma assistência humanizada e compassiva, para o controle de dor, sintomas físicos, psicológicos e demandas sociais, faz-se necessário para redução do desperdício e redistribuição dos custos por níveis de atenção e sustentabilidade da operadora”.

Entre as não filiadas, o trabalho que conquistou o prêmio foi de Gizelli Aires Ribeiro Nader, diretora de estratégia na Qualirede. Nele, ela apresenta dados de mundo real sobre o perfil clínico de pacientes que evoluíram para óbito por Covid-19. “Trata-se de dados compilados durante mais de dois anos de pandemia em uma operadora com mais de 500 mil vidas. O estudo aborda as principais características clínicas e epidemiológicas dos pacientes que evoluíram a óbito, possibilitando ações preventivas para os principais grupos de risco. O report apresenta o perfil clínico dos mais de 1500 óbitos ocorridos durante a pandemia, detalhando as principais comorbidades, perfil vacinal e aspectos epidemiológicos. No cenário da saúde suplementar, a partir destes dados, é possível traçar estratégias de prevenção nos grupos de maior risco de óbito, como incentivo à vacinação e demais formas de combate à doença. A premiação por este trabalho demonstra um reconhecimento da importância dos dados de mundo real na saúde suplementar. A partir destes, é possível programar uma linha de cuidados para os grupos de maior risco de óbito, evitando internações, aumento de custos e aumento de mortalidade, por exemplo”, finaliza.

Informações e inscrições: 14seminario.unidas.org.br

Redação

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