No mês em que se comemora o Dia Nacional da Mulher, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e a campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” promovem um encontro entre lideranças femininas para falar sobre saúde, mercado de trabalho e práticas ESG (Environmental, Social and Governance), em português Ambiental, Social e Governança.
A mesa redonda reunirá no dia 28 de abril, a partir das 18h30, mulheres que se destacam na área da saúde, como a enfermeira Mônica Calazans, do Hospital Emílio Ribas e a geriatra Aline Thomaz, CEO da Rede São Camilo SP. O momento também contará com a presença de Mariele Santos de Oliveira, paciente do Hospital São Camilo, Jessica Paraguassu, CEO da plataforma Mulheres no Comando e da apresentadora Sabrina Parlatore.
Entre os assuntos em pauta estarão “O cuidado com a saúde física e mental na pandemia”, “Liderança feminina na área da saúde” e “Mulheres e práticas ESG: sustentabilidade ambiental, social e governança corporativa”. O evento ocorrerá em formato híbrido, no auditório do Centro Universitário São Camilo (CUSC) Pompeia, localizado à Rua Raul Pompeia, 144, e transmissão online nas redes sociais da marca (@saocamilosp).
Durante a pandemia da Covid-19, conforme dados de maio e junho de 2020 do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, as mulheres foram as mais afetadas psicologicamente pelo período, apresentando 40,5% dos sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse.
No que tange os cuidados com a saúde física, houve uma queda no número de mamografias realizadas no País em 2020. No ano seguinte, no entanto, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os exames foram retomados, quando 1,71 milhão de mamografias foram realizadas entre janeiro e julho – um crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do resultado positivo, especialistas da entidade apontam que ainda há um longo desafio para o amplo diagnóstico primário da doença.
Levantamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que as mulheres representam 65% dos mais de seis milhões de profissionais atuantes na área da saúde, em todos os níveis de complexidade da assistência. Em algumas carreiras, como Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social, por exemplo, elas ultrapassam 90% e, em outras, como Enfermagem e Psicologia, representam mais de 80%.
Além da facilidade em se adaptar a mudanças tecnológicas e da tendência de gerar melhores resultados a uma empresa, a presença feminina em altos cargos também apresentou resultados positivos em relação a iniciativas socioambientais. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que cerca de 52% das empresas que possuem mulheres na liderança apresentam melhores notas em índices ESG.
Gestão feminina
A força e o empoderamento da mulher estão cada vez mais evidentes no mercado de trabalho e a atual gestão da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo está trazendo essa essência para o cenário da saúde.
A geriatra Aline Thomaz ocupou em 2021 o cargo de CEO da entidade camiliana, tornando-se a segunda mulher a comandar uma rede de hospitais no Brasil. Ampliando a presença feminina em cargos de liderança na Rede, a médica assumiu a função com o compromisso de uma agenda ESG e nomeou mais uma mulher para compor sua equipe de gestão.
“A presença das mulheres no setor de saúde é majoritária em diversas ocupações, e o impacto positivo delas em cargos de liderança é realmente um diferencial. Mas reconhecer o seu talento e capacidade não é conquista nem motivo de orgulho. É apenas obrigação de quem convive com profissionais que precisam provar competências em uma corrida muitas vezes desigual”, afirma Dra. Aline.
Outras áreas também estão sendo priorizadas. Ela destaca que a responsabilidade socioambiental é uma delas e reconhece que pequenas atitudes do dia a dia podem provocar grandes mudanças ao longo do tempo. Nesse sentido, a CEO assumiu o compromisso de zelar pela preservação do meio ambiente, com estratégias de sustentabilidade voltadas ao descarte adequado de resíduos, investimento em materiais recicláveis e produtos cultivados em terra orgânica.
Desde março de 2020, a Instituição mantém, em parceria com o Instituto Kairós, um projeto de horta urbana na Unidade da Granja Viana, em uma área destinada ao cultivo de diversos produtos sem agrotóxicos, seguindo o modelo da agroecologia. Os alimentos são utilizados no preparo das refeições de pacientes e colaboradores da Rede.
“As unidades hospitalares lidam com vidas humanas e sua sustentabilidade é fator fundamental no desenvolvimento e na qualidade de vida de uma sociedade”, pontua.
