A Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), em operação há 14 anos, acaba de comemorar 40 sessões do Grupo de Interesse Especial (SIG, no inglês) COVID19 BR criado emergencialmente em março deste ano para auxiliar profissionais da saúde no enfrentamento da pandemia. Realizadas semanalmente, todas às segundas, quartas e sextas-feiras, às 12h, as reuniões já conectaram mais de 850 pessoas em três meses.
“A criação deste SIG foi algo que ocorreu de maneira muito rápida, pois o nosso grupo acreditava que seria importante discutir este assunto e com urgência e na primeira reunião já lotou a sala. Ele foi criado de maneira ágil para enfrentar este momento, era necessário. Iniciativas como essa contribuem para um melhor entendimento do cenário, das necessidades e das urgências para o momento em que estamos vivendo”, explica Gustavo Fraga, um dos coordenadores do SIG.
Com a coordenação do Prof. Doutor Gustavo Fraga, da Unicamp; da Prof.ª. Doutora Evelyn Eisenstein, da UERJ; da Prof.ª Doutora Cristiane Kopacek, da UFCSPA e com a coordenação nacional da RUTE, realizada pelo Doutor Luiz Ary Messina e equipe, os encontros virtuais têm reunido representantes de hospitais terciários, universitários, públicos e privados, com uma média de 100 participantes por sessão.
“Os números falam por si. A participação dos profissionais de saúde foi nosso termômetro e suas demandas nosso foco. Tivemos a participação de 52 palestrantes de 12 estados diferentes e 12 palestrantes internacionais de 9 países: Israel, Itália, Estados Unidos, Espanha, Suíça, Portugal, Canadá, Equador e Qatar”, comenta Messina.
Ao todo, o SIG COVID19 BR 9 já reuniu pessoas de 50 estados brasileiros, sendo 47% do Sudeste, seguido de 18% do Nordeste e 15% do Sul do país. Como resultados desses encontros, foram produzidas duas publicações de interesse internacional, além de diversas sessões com temas de impacto, como saúde indígena, vacinas, testes laboratoriais, apoio odontológico e de enfermagem e de fisioterapia e cardíaco para pacientes hospitalizados, entre outros.
“Formamos ainda uma rede amiga de solidariedade entre colegas na área de saúde que valorizam a troca de experiência e conhecimento como a base fundamental das ciências e para a construção de um país melhor. É o que todos queremos, que a tecnologia seja uma aliada, principalmente nos momentos tão difíceis que estamos passando com esta pandemia”, finaliza Evelyn.