Diante de tantos desafios no setor da saúde, os brasileiros com diabetes tipo 1 correm o risco de ficarem sem um dos tipos de insulina fornecida pelo SUS.
Isso porque o Ministério da Saúde solicitou à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) a exclusão do fornecimento de insulinas análogas de ação prolongada para o tratamento dos pacientes diabéticos do tipo 1.
“Chegou-se a este ponto simplesmente porque o Ministério da Saúde não consegue comprar essas insulinas mantendo o mesmo custo de tratamento da insulina humana, que é mais barata no mercado. Nos últimos anos, foram realizadas duas licitações, sem sucesso. Devido à dificuldade em dimensionar os custos de tratamento utilizando uma opção mais moderna e fisiológica de insulinas basais, a Conitec está com uma consulta pública aberta até 3 de outubro para tentar resolver a questão. Enquanto se discute custo de tratamento, a saúde dos diabéticos fica em segundo plano”, afirma Gonzalo Vecina Neto é médico sanitarista, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e da EAESP/FGV.